A Comissão Técnica de Bovinocultura de Corte da FAEP aborda, na manhã desta segunda-feira (16), em Curitiba, os próximos passos na conquista do reconhecimento do Paraná como área livre de febre aftosa sem vacinação. O assessor da diretoria da Federação Ronei Volpi reforçou que a vacinação contra a doença no Estado deve ser suspensa oficialmente pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) em novembro. Com isso, o Paraná teria condições de obter o reconhecimento internacional em 2021.
“O dia da suspensão oficial da vacinação ainda não está definido. Nós defendemos que seja 30 de novembro, que é o dia que expira a última vacinação, que foi feita em maio”, disse Volpi. “O Paraná virou referência no Brasil de como deve ser a participação da iniciativa privada neste processo, com a participação do Fundepec [Fundo de Desenvolvimento Agropecuário do Estado do Paraná]. Nós somos, mesmo, o Estado que tem a melhor relação entre os entes públicos e a iniciativa privada”, acrescentou.
O coordenador do Centro de Informação do Agronegócio da
Universidade Federal do Paraná UFPR (CIA-UFPR), Paulo Rossi Júnior, falou das
perspectivas de mercado que o novo status
sanitário trará ao Estado. O grande desafio é acessar mercados mais
sofisticados, que pagam mais pela arroba. Apesar disso, este potencial deve ser
limitado. Para o professor e pesquisador, o mercado interno continuará a ser
determinante para a formação de preço – já que absorve por cerca de 80% da
produção de bovinos do Paraná.
“Exportar para a China é bom, mas nós temos que buscar o
mercado da carne nobre. Nós temos uma coisa diferente na nossa mão”, disse
Rossi Junior. “Mas temos que observar que a exportação é importante, mas não
faz nenhum estardalhaço em termos de preço. O que forma preço é o mercado
interno”, acrescentou.
Na programação
Realizada na sede da FAEP, em Curitiba, a reunião da Comissão Técnica vai contemplar ainda uma apresentação sobre movimentação de bovinos vivos no Paraná e um relato sobre uma visita técnica ao Porto de Antonina – ambos, feitos pelo zootecnista Guilherme Souza Dias, assessor técnico da Comissão. Além disso, o economista Luiz Eliezer Ferreira deve apresentar uma análise do impacto que o surto de peste suína africana na Ásia causou nas exportações de carne bovina do Brasil. A programação conta, ainda, com uma palestra sobre segurança no trabalho da pecuária de corte, apresentada por José Valdir Brescansin, do Sindicato Rural de Maringá.
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Fonte: Sistema FAEP