Há mais de duas décadas que o Programa Agrinho acompanha a história do SENAR-PR. Idealizado dois anos depois do início das atividades da instituição, o Agrinho hoje está presente em todo o território paranaense, envolvendo milhares de alunos e professores da educação infantil, ensino fundamental e educação especial. O reconhecimento da amplitude e importância da iniciativa também vem de outras regiões. Atualmente, o Programa Agrinho está implementado em diversos Estados, com a proposta de transformar a realidade local por meio da educação.
Seguindo o exemplo paranaense, o Agrinho é desenvolvido no Mato Grosso do Sul desde 2014 na rede pública do Estado. Hoje, o programa está incorporado em 72 dos 79 municípios, com um total de 350 escolas envolvidas. Em fase de expansão, o próximo objetivo sul-mato-grossense é incluir escolas da educação especial e a rede particular de ensino no programa.
Diante deste desafio, o SENAR-MS fez uma imersão no SENAR-PR, nos dias 21 e 22 de agosto, para entender como o Programa Agrinho conquistou a abrangência atual no Paraná. Para a responsável pelo programa no SENAR-MS, Maria Clara Del Puente, a troca de experiências entre os Estados ajuda no desenvolvimento das estratégias. “Conseguimos visualizar o que deu certo e identificar determinadas práticas realizadas no programa, tanto no Paraná como no Mato Grosso do Sul, lembrando sempre das particularidades de cada região. Foi enriquecedor”, ressalta.
Segundo a pedagoga e responsável pela Formação Profissional Rural no SENAR-MS, Dyany Melchior, a visita permitiu identificar ações para o planejamento de inclusão da rede particular. “Estávamos pensando em novas oportunidades para o Agrinho no Mato Grosso do Sul e, por isso, colocamos na agenda uma visita ao SENAR-PR, que tem a expertise do programa”, compartilha a pedagoga, que também esteve presente no Paraná para a visita.
Estrutura do Agrinho
A partir da imersão realizada, o SENAR-MS pretende fomentar a aderência das escolas sul-mato-grossenses no Agrinho, com foco na rede particular. Segundo Maria Clara, desde a implantação do programa, há interesse por parte das escolas particulares e de educação especial, mas ainda não havia sido possível atender a essa demanda. “Entender como o SENAR-PR realiza esse trabalho com as escolas particulares e a educação especial foi de suma importância. Ver como o trabalho acontece para atender a todo esse público, com as categorias específicas, é determinante para conseguir aplicar essa prática no nosso Estado”, afirma.
Ainda, a equipe discutiu outras questões relacionadas ao programa, como o Agrinho Solos, atualização do material didático, modelos de avaliação dos trabalhos e parceiros envolvidos neste processo. A avaliação realizada no Mato Grosso do Sul é diferente do formato utilizado no Paraná e, com a ampliação, será necessário fazer uma revisão desta etapa. “Nosso fluxo de trabalho aumenta a cada ano, então também buscamos entender como o SENAR-PR trabalha em relação a isso”, observa Dyany.
Apesar das diferenças entre os Estados, o objetivo do Agrinho permanece o mesmo, de ser um instrumento de educação ambiental e integração entre o campo e a cidade. Para a pedagoga Maria Clara, esse é o ponto fundamental em relação ao aperfeiçoamento do Agrinho no Mato Grosso do Sul. “O Agrinho é um programa de muita referência para nós, assim como é no Paraná. Ter a oportunidade de conhecer mais a fundo o trabalho realizado pelo SENAR-PR só agregou em nosso desenvolvimento no Estado”, conclui.
Herdeiros do Campo
Durante a visita, a equipe sul-mato-grossense também conheceu o trabalho realizado pelo SENAR-PR com o Programa Herdeiros do Campo, devido ao interesse de implementação no Mato Grosso do Sul. O programa foi lançado em 2016 no Paraná com a missão de auxiliar as famílias a planejar o processo de sucessão nas propriedades rurais. O Herdeiros do Campos está no radar do SENAR-MS para uma futura implantação.
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Fonte: Sistema FAEP