A China anunciou nessa quarta-feira,11/9, que vai isentar 16 tipos de produtos da primeira rodada de tarifas feitas as importações de origem norte-americana, a partir do dia 16/09. De acordo com a imprensa chinesa, essa isenção incluí medicamentos e inseticidas.
A decisão vale por um ano, até os dois países formularem novos acordos. E a princípio os dois países se reunirão em Washington em outubro de 2019 para novas negociações comerciais.
Tarifas
A guerra comercial sino-americana que se iniciou em 8 de março de 2018, teve como estopim as tarifas aplicadas pelos EUA sobre a importação do aço e do alumínio. Entre muitos embates, a China chegou a aplicar tarifas de 25% em uma lista de produtos norte-americanos. Os EUA também fizeram o mesmo, aplicando 25% de taxas sobre os produtos Chineses.
Entre os inúmeros produtos que chegam à China, a importação da soja foi um dos produtos afetados. Isso fez com que o mercado chinês procurasse outros parceiros comerciais para suprir sua demanda interna pela oleaginosa, incluindo a intensificação das compras do Brasil.
Todavia, a trégua na tarifação dos produtos norte-americanos não afetará os produtos agrícolas. Até segunda ordem, a soja vinda dos EUA continuará sendo taxada.
Importação de soja
Segundo a DATAGRO Consultoria, a importação da soja pela China subiu 4% no mês de agosto, indo de 9.150 mil toneladas para 9.480 mil toneladas em comparação com os anos 2018 e 2019. O volume ficou 10% acima dos 8.640 mil t de julho.
Entretanto, a comparação entre 2018 e 2019 entre o acumulado até o mês de agosto deixa a situação diferente, uma vez que é registrada queda de 9% nas importações chinesas, de 62.030 mil t para 56.390 mil t. E a projeção até o fim do 2019 em comparação com o ano 2018 registra queda de 3%, de 87.640 mil t para 85.000 mil t.
A maior parte da soja que chega ao território Chinês, em torno de 90%, é para uso da ração animal. Vale lembrar que a Febre Suína Africana está causando um grande problema na criação de suínos do país, que é o maior consumidor da proteína no mundo. De acordo com Pequim, isso poderá fazer com que o preço da carne suína suba 70% no segundo semestre de 2019, diminuindo o número de importações.
Fonte: DATAGRO