As consequências da crescente guerra comercial entre os Estados Unidos e a China estão passando para a economia global, prejudicando a confiança das pequenas empresas norte-americanas,
restringindo o comércio entre gigantes industriais na Ásia e atingindo fábricas orientadas para a exportação na Europa.
A confiança econômica entre as pequenas empresas dos Estados Unidos caiu em agosto para o nível mais baixo desde novembro de 2012, de acordo com uma pesquisa mensal feita com mais de 670 pequenas empresas para o “The Wall Street Journal”. A parcela de entrevistados que espera que a economia piore nos próximos 12 meses aumentou para 40%, comparado com 29% em julho e 23% há um ano.
Enquanto isso, o Japão disse ontem que os gastos de capital dos fabricantes do país caíram 6,9% no trimestre de abril a junho, o primeiro declínio em dois anos, com as empresas enfrentando um declínio de dois dígitos nas exportações para a China. A Coreia do Sul disse no domingo que suas exportações para a China caíram 21,3% em agosto comparado com o mesmo mês do ano anterior, provocando queda geral de 13,6% nas exportações.
As disputas comerciais aumentaram no domingo, quando os Estados Unidos impuseram tarifas de 15% sobre produtos chineses, incluindo roupas, ferramentas e eletrônicos. Uma rodada de tarifas chinesas retaliatórias também entrou em vigor, visando a importações de soja dos Estados Unidos, petróleo bruto e produtos farmacêuticos.
Nesta segunda-feira, 2, Pequim disse que apresentou uma queixa à Organização Mundial do Comércio (OMC) sobre as tarifas da administração de Trump. As tarifas estão pressionando os custos para empresas multinacionais, forçando-as a procurar maneiras de compensá-los. Além disso, a incerteza sobre as perspectivas de negociações entre os Estados Unidos e a China está dificultando o planejamento das empresas.
Fonte: Canal Rural