O vislumbre de novos horizontes para a pecuária de leite
definiu a 19ª edição do Agroleite, em Castro, na região dos Campos Gerais.
Oficialmente reconhecido como a “Capital Nacional do Leite”, o município
promoveu uma plataforma de conhecimentos e negócios, entre os dias 13 e 17 de
agosto, gerando novas oportunidades para produtores, empresas, cooperativas,
entre outros elos da cadeia produtiva do leite.
Iniciativa da cooperativa Castrolanda, a feira é uma vitrine
da tecnologia do leite no Brasil. A expectativa é que o público desta edição
supere as 73 mil pessoas do ano passado, movimentando milhões de reais em
negócios. Neste ano, sob o tema “Um novo olhar”, a feira trouxe ainda mais
evidência às inovações no campo como forma de desenvolvimento da pecuária
leiteira, em termos de produtividade, sustentabilidade e responsabilidade
social.
O vice-presidente da Castrolanda, Richard Borg, relembrou a
história da anfitriã, cujo trabalho foi fundamental para fazer do Paraná a
segunda maior bacia leiteira do país. “A quem pertence o Agroleite? Essa
pergunta nos remete aos imigrantes, que há 67 anos vieram para cá para
produzir. Aos cooperados de hoje, à população de Castro, ao povo do Paraná.
Graças a essa determinação e coragem e ao apoio da comunidade, hoje podemos
celebrar”, disse.
A troca de informações ao longo do evento é ponto-chave para
o salto produtivo do Estado na pecuária de leite, segundo o secretário de
Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara. “Nosso desempenho deve-se ao
conhecimento e à atualização”, pontuou.
Além das fronteiras
Novas tecnologias provindas de países referências na
produção de leite estavam à disposição do público. Segundo o CEO da
Castrolanda, Thomas Domhoff, a proposta é internacionalizar o evento e abrir
fronteiras para a consolidação de parcerias. As lições da Nova Zelândia na
produção de leite, por exemplo, figuram entre as atrações do evento desde 2017.
A New Zealand Trade & Enterprise (NZTE), agência para o desenvolvimento do
comércio internacional do país oceânico, reúne empresas de origem neozelandesa
que trazem soluções para aumento de eficiência e rentabilidade da produção.
Maior exportador de derivados lácteos do mundo, a Nova
Zelândia se destaca por sua eficiência produtiva e qualidade do leite, além de
ser exemplo em boas práticas, pesquisa e tecnologia. Segundo a gerente de
desenvolvimento de agronegócio da NZTE, Nadia Alcântara, muitas destas
tecnologias foram desenvolvidas com base na necessidade dos produtores
neozelandeses devido às características do país, e posteriormente, passaram a
ser comercializadas e adaptadas a outras realidades. Isso já acontece no
Brasil.
“A maioria das soluções é facilmente utilizável no Paraná e no Brasil. Algumas precisam de adaptações de acordo com o sistema de produção e outras condições, mas funcionam muito bem. O Paraná tem sua importância reconhecida na produção de leite. Isso não se deu à toa, pois os produtores paranaenses já têm uma tendência maior a se valerem dessas tecnologias. Nós percebemos que os produtores, cada vez mais, querem ver novidades e os técnicos querem se informar porque entendem que isso será importante para seu trabalho junto aos produtores”, apontou Nadia.
Leia a matéria completa no Boletim Informativo.
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Fonte: Sistema FAEP