A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, disse nesta segunda-feira (05), em São Paulo (SP), que a liberação de defensivos não coloca em risco a saúde dos consumidores nem o meio ambiente. Segundo ela, a liberação de registro para que novos produtos sejam usados no país ganhou novo ritmo, mas as exigências continuam as mesmas.
“Não mudou nada, o que mudou, somente, foi a celeridade. Foi colocado mais gente no Ministério da Agricultura, pesquisadores da Embrapa que vieram ajudar essa fila [de pedidos de registro]. Foi colocado mais gente no Ministério de Meio Ambiente, também a fila anda. E a Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária] resolveu pegar esse assunto em que o Brasil está muito atrasado em relação a outros países”, disse após participar de evento na capital paulista.
Os pesticidas e herbicidas usados no Brasil também são, de acordo com Tereza Cristina, usados em outras partes do mundo.
“Quase todos os países do mundo já usam esses produtos. E quando não usam é porque não precisam”, disse sobre a segurança dos produtos.
Para a ministra, há uma má compreensão sobre o assunto.
“É inadmissível que o agronegócio brasileiro tenha tido nessa última semana um bombardeio pela mídia nacional, querendo colocar desinformação aos brasileiros, falando sobre o alimento inseguro, o que não é verdade”, acrescentou.
Na quarta-feira passada (31), foi publicado no Diário Oficial da União o marco regulatório para os defensivos. Detalhado por meio de três resoluções e uma instrução normativa, o marco atualiza e dá maior clareza aos critérios adotados para avaliação e classificação toxicológica desse tipo de produto. Estão previstas alterações nos rótulos e nas bulas dos defensivos, definindo regras para a disposição de informações, palavras e imagens de alerta.
Como forma de combater as críticas, a ministra defendeu um reforço nas ações de comunicação direta e mediação com jornalistas sobre os temas relativos ao agronegócio brasileiro.
“Nós precisamos ganhar a guerra da comunicação”, enfatizou.
Tereza Cristina acredita que o tema do desmatamento também precisa de ações focadas na comunicação.
“Nós apanhamos da mídia internacional direto”, reclamou sobre as reportagens publicadas sobre o desmatamento no país. “Ninguém é mais sustentável do que o Brasil”, rebateu ao afirmar que, via de regra, os produtores rurais mantêm grande parte dos imóveis preservando a vegetação nativa.
Fonte: DATAGRO