A equipe da ARC Mercosul rodou o norte de Illinois e leste de Ohio para entender a condição das lavouras norte-americanas. Segundo Matheus Pereira, diretor da consultoria, poucos talhões apresentam bom desenvolvimento.
“A grande maioria tem sinais extremamente agressivos de estresse hídrico. Já tem milho sofrendo encarquilhamento e soja bem pálida, amarelinha”, conta.
Questionado se novas altas na Bolsa de Chicago podem refletir nos preços internos dos grãos, Pereira diz que as commodities têm cenários diferentes.
“No caso da soja, infelizmente, não temos demanda agressiva. Quando há altas nos contratos futuros, os prêmios caminham no sentido contrário. A oleaginosa dependerá do câmbio. Se a reforma da Previdência e outras medidas para aquecer a economia saírem, o cenário é de baixa no segundo semestre”, afirma.
Já o milho deve continuar subindo, diz o diretor da ARC Mercosul.
“A demanda de exportação está extremamente aquecida, e a projeção de consumo interno no segundo semestre também é bastante agressiva”, finaliza.
As chuvas deram trégua ao cinturão de grãos dos Estados Unidos e, segundo a meteorologista da Somar Desirée Brandt, a umidade do solo já está mais baixa nos principais estados produtores. As precipitações esperadas para o restante de julho não devem ser volumosas. Além disso, a temperatura sobe, chegando a 37ºC em alguns pontos.
Fonte: Canal Rural