A pecuária do Paraná vem mantendo os bons resultados produtivos de 2018, segundo a Pesquisa Trimestral do Abate de Animais, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados divulgados no dia 13 de junho atestam que o Estado abateu 338,7 mil cabeças no primeiro trimestre deste ano, recorde para o período na série histórica, ultrapassando 2013, com 328,7 mil cabeças. As informações preliminares de 2019 demonstram crescimento de 3,5% nos abates totais frente a igual período de 2018, superando o desempenho nacional, que aumentou em 2,23%.
Entre as categorias, o total de bovinos machos teve recuo de 1,3% na participação, decomposto em -0,01% para bois, e -16,5% para novilhos. As fêmeas, por sua vez, tiveram seus números acrescidos em 10% do volume, com aumento de 8,5% para vacas e impressionantes 14,7% para as novilhas.
Esse volume de abates corresponde a uma produção total de 82,1 mil toneladas de carne bovina, que também supera o recorde anterior para o período, de 79,4 mil toneladas no ano passado. O peso médio das carcaças totalizou Após ano de recorde na produção de carne bovina, Estado mantém a ascendência na curva 242,58 quilos/cabeça, mantendo o desempenho individual verificado em 2018.
As cotações da arroba próximas ao recorde histórico no início do ano colaboraram para esse desempenho. O levantamento de preços realizado pelo Cepea aponta que, em abril de 2019, a arroba atingiu o patamar máximo da série histórica em valores nominais, sendo cotada a R$ 158.
O bom escoamento de carne bovina no mercado externo também favoreceu o aumento nos abates. Nos primeiros cinco meses do ano, o Paraná exportou 15,2 mil toneladas, algo que não ocorria desde o mesmo período de 2005. Esse volume gerou US$ 57 milhões, recorde de faturamento para o período.
A carne bovina paranaense foi enviada a 40 países, dos quais destacam-se Hong Kong, com 5 mil toneladas, Israel, com 3,6 mil toneladas, Rússia, responsável por 2,1 mil toneladas, e Chile, que adquiriu 1,2 mil toneladas. Apesar dos bons resultados, os dados representam preocupação para os terminadores no médio e longo prazos. Com maior participação das fêmeas nos abates totais, projeta-se um cenário de redução na oferta de animais de reposição, em um contexto de perda de poder de compra do invernista.
Dados do projeto Campo Futuro, da CNA, apontam que, em 2019, o pecuarista precisa desembolsar 8,91 arrobas para a aquisição de um bezerro (maio/2019), 3% a mais do que igual período do ano anterior. Em se tratando de um fator de produção que representa 65% do Custo Operacional Efetivo (que compila todos os desembolsos) de propriedades que praticam a recria e engorda dos animais, os dados inferem que é necessário cautela na compra da reposição.
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Fonte: Sistema FAEP