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Geadas em sequência causam prejuízos a lavouras e pastagens do Paraná

Uma sequência de geadas que atingiu o Paraná nos últimos três dias causou prejuízos em lavouras e pastagens espalhadas por diversas regiões. A onda de frio mais intensa deste ano derrubou as temperaturas, que chegaram a até -7,1ºC, em General Carneiro, no Sul do Estado, no domingo (7). Neste dia, foram registradas temperaturas negativas em uma faixa que atingiu o Oeste, Sudoeste, Sul, Centro-sul, Campos Gerais e Região Metropolitana de Curitiba. Mesmo no Noroeste, onde o frio foi menos intenso, a maior temperatura registrada foi de 4,6ºC na região de Maringá. Os dados são do Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar).

O presidente da Comissão de Bovinocultura de Corte da FAEP, Rodolpho Botelho, ressalta que as pastagens foram afetadas em praticamente todas as regiões do Paraná. “A grande maioria teve um dano grande. Nas regiões nas quais o frio acontece regularmente, o produtor naturalmente já havia se precavido um pouco mais com pastagens de inverno. Mas mesmo nessas regiões, onde há azevém, aveia branca e aveia preta, por exemplo, se esses cultivos estiverem mais adiantados, o prejuízo com a geada é grande”, alerta.

Botelho destaca que foram três dias seguidos com geada, o que intensifica o potencial de prejuízos aos produtores paranaenses. “A grande questão sobre quão significativos serão os prejuízos será em relação a qual estágio estavam as culturas. Temos no momento milho safrinha no Estado, além de culturas de inverno. Como o frio atingiu todas as regiões, temos que aguardar para ver como foi nas regiões com café e também com os produtores de hortifrútis”, comenta.

Café e outras culturas no Norte do Paraná

Narciso Pissinatti, presidente do Sindicato Rural de Londrina, relatou que no Norte devem ser registrados problemas com o café. Em plantações pontuais, houve a formação de geada (vídeo acima). “Não foi uma coisa generalizada, mas temos relatos, sim, de algumas lavouras com prejuízo. Temos que esperar de 10 a 15 dias para ter uma noção exata”, previu. “Não temos praticamente trigo aqui na região e o milho safrinha já está na fase de colheita, então ele escapou. As pastagens foram prejudicadas nas baixadas também, mas isso é normal de todo ano”, completou.

Feijão

Há lavouras de feijão da terceira safra que podem sofrer com danos, o que pode ter impacto nos preços até o fim do ano. No Paraná são apenas 2 mil hectares, nas regiões Norte Pioneiro, Norte e Noroeste. Mas a geada atingiu algumas áreas importantes de produção, nos Estados de São Paulo (foto abaixo) e Minas Gerais, no Sudeste brasileiro, segundo Marcelo Lüders, presidente do Instituto Brasileiro de Feijão e Pulses (Ibrafe). “O feijão carioca pode subir forte, em todos os grupos recebemos imagens de lavouras perdidas com a geada”, revelou.

Previsão

Para a próxima terça-feira (9), há risco de mais geadas no Paraná, segundo o Instituto Simepar. Há condições para que o fenômeno ocorra em intensidade moderada em uma faixa que vai da região Sul e Centro-Sul, se estendendo até os Campos Gerais e parte da Região Metropolitana de Curitiba. Duas faixas têm possibilidade de ocorrência de geada fraca. Uma delas, pega o Sudoeste do Paraná, passando pelo Norte e Norte Pioneiro. Outra zona é menor e se concentra no entorno de Curitiba. Veja o mapa elaborado pelo Simepar:

 

 

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Fonte: Sistema FAEP



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