Os dados consolidados da SECEX/ME relativos aos cinco primeiros meses de 2019 apontam que apenas as carnes avícolas – de frango e de peru – obtiveram, na média do ano, preço médio superior ao do mesmo período de 2018.
A despeito, porém, de as carnes bovina e suína continuarem com preço médio inferior ao de janeiro-maio do ano passado, elas não enfrentam perda. Pelo contrário. Pois graças a um aumento de mais de 16% no volume exportado, ambas registram ganho expressivo na receita cambial. A carne bovina, de quase 8%; a suína, de praticamente 15%.
Mas os melhores ganhos estão, sem dúvida, com a carne de frango. Pois o incremento das exportações do setor alcançou os três indicadores avaliados: volume, preço e (por decorrência) receita cambial. Com isso, seu índice de participação na receita cambial total distanciou-se ainda mais do índice apresentado pela carne bovina.
Detalhando, enquanto no fechamento do primeiro trimestre a diferença de participação entre as duas carnes era de, aproximadamente meio ponto percentual (carne de frango: 44,35% do total; carne bovina: 43,86% do total), agora subiu para 2,79 pontos percentuais (45,27% e 42,48% do total, respectivamente).
(Abrindo rápido parêntese: na tabela abaixo, compilada pelo MAPA, não foram consideradas as exportações de carne de frango salgada, próximas de 55 mil toneladas. Ou seja: a menos que lapso idêntico se aplique a outras carnes, o volume e a receita da carne de frango – e, por decorrência, a participação – são ligeiramente maiores que os apontados na tabela).
Finalizando, observa-se que embora o preço médio da carne de peru venha apresentando ligeira melhora, seu volume e receita declinaram mais de 50%. Em decorrência, a participação do produto na receita cambial das carnes, pouco superior a 1% nos cinco primeiros meses de 2018, se encontra agora abaixo de meio por cento.
Fonte: Avisite