A olivicultura nacional surgiu a partir da identificação de regiões com solo e clima favoráveis ao desenvolvimento da cultura, ampliou-se e está em fase de consolidação. Atualmente, são cerca de 160 olivicultores e 40 marcas próprias. A EPAMIG é pioneira em pesquisas sobre o cultivo de azeitonas e a produção de azeites nacionais. Os trabalhos iniciados na década de 1970, são realizados no Campo Experimental de Maria da Fé (Sul de Minas), que em 2008, realizou a primeira extração de azeite extra virgem do Brasil. No município, a olivicultura tem movimentado também os setores de cosméticos, artesanato, doces e turismo.
Os azeites de oliva extra virgens produzidos na Região da Serra da Mantiqueira, entre os estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro, têm se destacado pelo frescor e pela qualidade.
“Hoje nós temos uma experiência muito maior, tanto no processo quanto no conhecimento do azeite produzido na região. Um produto fresco, com cheiro e aroma frutado, que chega ao consumidor em um intervalo curto após sua extração”, avalia o coordenador do Programa Estadual de Pesquisa em Olivicultura da EPAMIG, Luiz Fernando de Oliveira.
A comercialização desses azeites ocorre de forma pontual, em empórios ou na própria fazenda fabricante. O produto também é encontrado em restaurantes de algumas capitais e centros gastronômicos. A chef Valdelícia Coimbra, que atua na área há mais de 27 anos, utiliza azeites da Serra da Mantiqueira desde 2017 e conta que depois que conheceu os produtos mineiros deixou os estrangeiros de lado.
“A qualidade é excelente, tem baixo porcentual de acidez, aroma mais puro, mais concentrado”, garante.
Fonte: Embrapa
