Seria o caso de comemorar. Afinal, em maio de 2019, mesmo com absoluta estabilidade de preço em todo o decorrer do período (vem sendo negociado por R$3,60/kg desde 13 de abril passado, valor que permaneceu inalterado no primeiro dia de junho), o frango vivo comercializado no interior paulista alcançou seu maior valor de todos os tempos, registrando incremento de 1,41% sobre o mês anterior e de 51,64% sobre maio de 2018.
Seria o caso de comemorar, também, o fato de – nos últimos 12 meses (isto é, de junho de 2018 para cá) – o frango vivo vir registrando variação positiva em relação a um ano antes, ocorrência não observada em idêntico período anterior (entre junho de 2017 e maio de 2018 a cotação média mensal do frango vivo sempre esteve aquém da alcançada 12 meses antes, chegando-se a registrar, então, quedas anuais superiores a 20%).
Mas não há o que comemorar. Pois – é impossível negar – a reversão de mercado atualmente observada é reflexo, apenas, das dificuldades enfrentadas anteriormente. Ou seja: a expansão do setor foi tão contida nestes últimos anos a ponto de, agora, não haver como atender integralmente a demanda que finalmente ressurge e que tende a se ampliar em função dos problemas de abastecimento de carnes no mercado internacional.
Não há o que comemorar, também, porque o preço recorde alcançado no mês de maio é apenas nominal. Pois, em valores reais – ou seja, deflacionados pelo IPCA do IBGE – os R$3,60/kg de maio passado se encontram aquém dos R$2,93/kg alcançados em setembro de 2013 (quase seis anos atrás), hoje equivalentes a R$4,11/kg.
De toda forma, o frango vivo vem obtendo boa recuperação no decorrer do ano. Até aqui, em cinco meses, alcança valor médio de R$3,22/kg, resultado que representa valorização de 34,5% sobre idêntico período do ano passado e de 15% sobre a média de R$2,79/kg alcançada nos 12 meses de 2018.
Fonte: Avisite