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COLHEITA AVANÇA E PRESSIONA PREÇOS

 

Os preços do arroz registraram quedas ao longo da semana no mercado brasileiro. As perdas são lideradas pelo comportamento das cotações no Rio Grande do Sul, principal produtor e referencial para a formatação do mercado no Brasil. A avaliação é de SAFRAS & Mercado.

O avanço da colheita Rio Grande do Sul tem ocorrido sem maiores obstáculos, contribuindo para a pressão sobre as cotações. As quedas chegam a 4% em comparação com o mesmo período do mês anterior para o produto de qualidade entre 55% e 58% de grãos inteiros.

A semana apresentou condição meteorológica favorável ao avanço da colheita, sendo que até o momento as produtividades têm se mantido ao redor dos 7.600 kg/ha. As altas temperaturas e a luminosidade também cooperaram para adiantar a maturação em algumas áreas que ainda estavam em término de formação de grãos no Rio Grande do Sul.

De maneira geral as lavouras que se encontram nas demais fases apresentam um bom padrão e sem maiores incidências de pragas ou moléstias, fato que contribui na manutenção de boas produtividades. Até 19 de março, a área já colhida no Rio Grande do Sul chegava a 33% do esperado.

Segundo SAFRAS, o mercado segue caindo com o enfraquecimento da economia brasileira. O varejo não registra necessidade de abastecimento com o nível de atividade econômica do país baixo (as famílias não têm demandado o produto).

O produtor vem observando diversos problemas de escoamento da produção para o mercado, principalmente nos preços, mas sua necessidade de se capitalizar o força a vender o produto nos atuais patamares. O vendedor tenta segurar o produto em busca de ofertas melhores frente à elevação do dólar. A indústria tem demandado arroz novo com preços que variam em média de R$ 35,50 até R$ 36,00 a saca de 50 kg, mas o volume de negócios entre indústrias e varejo também não demonstra expectativas de melhora no curto prazo. O varejo aguarda queda nos preços do arroz beneficiado e o preço do arroz no Mercosul acompanha o mercado externo para manter a competitividade.

 

Fonte: Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS



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