O dólar subia levemente ante o real nesta quinta-feira, com investidores atentos à cena política local e ainda acompanhando desdobramentos na disputa comercial entre Estados Unidos e China, que segue pressionando mercados emergentes
Na quarta-feira, o dólar avançou 0,51%, a 3,9962 reais na venda, seu maior nível em sete meses e meio.
O presidente Jair Bolsonaro receberá nesta quinta-feira o prêmio “Personalidade do Ano” pela Câmara de Comércio Brasil-EUA na cidade norte-americana de Dallas em um momento de escalada nas tensões no ambiente político no país.
Os últimos dias foram marcados por protestos contra o governo, particularmente cortes de verbas em universidades federais, além de investigações envolvendo pessoas próximas ao presidente e declarações controversas pela equipe de Bolsonaro.
“Os protestos alimentam receios de que a leitura de fraqueza do atual governo possa estar se disseminando, fortalecendo a oposição e naturalmente dificultando a agenda de reformas, com óbvio foco na PEC da Nova Previdência”, avaliou a corretora H.Commcor, em nota.
Do front externo, a disputa comercial entre Washington e Pequim segue pressionando mercados e moedas emergentes. O embate ganhou um novo capítulo após o governo do presidente norte-americano, Donald Trump, atingir a chinesa Huawei com sanções.
A expectativa de que esse sentimento permanecerá até a reunião do G20, no fim de junho, quando deve haver alguma definição. Até lá, a questão continuará fazendo preço nos mercados a depender das declarações e ações de ambas as partes.
O Banco Central realiza nesta sessão leilão de até 5,05 mil swaps cambiais tradicionais, correspondentes à venda futura de dólares, para rolagem do vencimento de julho, no total de 10,089 bilhões de dólares.
Fonte: Reuters