No Rio Grande do Sul, tem ganhado força uma discussão a respeito da deriva do herbicida 2,4-D, que é utilizado para o controle de plantas daninhas que possuem resistência ao glifosato. Devido a más aplicações, esse herbicida tem atingido lavouras de oliveiras e de uvas destinadas para a produção de vinho.
Domingos Antônio Velho Lopes, Vice-Presidente da Farsul, diz que a discussão é válida, embora tenha que ser mantida no campo técnico. O 2,4-D é o produto mais vendido em volume no país e é utilizado no pré-plantio da soja nos meses de agosto e setembro para o controle da buva.
Uma audiência pública foi realizada recentemente no estado a respeito do assunto. Os produtores de vinho calculam um prejuízo de mais de 100 milhões de reais, com a deriva ocorrendo em 22 municípios, sendo 68 casos confirmados do problema.
A Farsul diz reconhecer que a deriva é um problema constante, mas que aguarda os números dos órgãos oficiais. Lopes também salienta que esse problema não pode ser utilizado para criminalizar o produtor rural.
Para ele, a solução é tecnificar o aplicador desse herbicida para que a deriva não ocorra e para que outros problemas entre vizinhos sejam evitados.
Fonte: Notícias Agrícolas