Como, mundialmente, o maior percentual das carnes avícolas está representado pela carne de frango, é provável que, independentemente até dos efeitos da Peste Suína Africana, a liderança na produção e no consumo de carne suína já tenham ficado para trás, dando lugar – definitivo, tudo indica – à carne de frango
O estudo da OCDE-FAO relativo ao triênio 2015-2017 indicou que, entre as cinco regiões particularizadas, quatro já registravam um consumo per capita de carne de frango superior ao das outras duas principais carnes, suína e bovina: América do Norte, América Latina e Caribe, África e MENA (sigla que identifica os países do Oriente Médio e do Norte da África; e que, por motivos sobretudo religiosos, praticamente não consomem carne suína, apenas a bovina e a de frango, esta última representando mais de três quartos do consumo total).
Em outras palavras, somente na Europa e na Ásia o consumo de carne suína sobrepujava as demais. Por sinal, a mesma hegemonia aparece entre os BRICS, grupo econômico do qual participam Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Neste caso, porém, é indiscutível que esse resultado está sendo profundamente influenciado pela China, haja vista, por exemplo, que no bloco latino-americano o consumo per capita de carnes avícolas é mais de três vezes superior ao da carne suína.
Independente, porém, das diferenças regionais, está claro que as carnes avícolas já lideram o consumo mundial. Em relação à carne bovina, por mais de 100% de diferença. Em relação à suína, por pouco mais de 13%. Mas essa diferença tende a aumentar de forma significativa a partir de agora.
Fonte: Avisite