Ao participar de um seminário da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em Brasília, ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, destacou a importância de países como o Brasil e a China para a produção mundial de alimentos. Segundo o ministro, essas duas nações serão de extrema importância para o cenário onde a produção agrícola mundial terá de aumentar 70% até 2050.
“Temos aqui potencialmente o maior exportador e o maior importador agrícola do mundo. Isso, por si, cria um vínculo real e potencial extraordinário”.
Segundo informou a Agência Brasil, Araújo citou estatísticas da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), segundo as quais a produção agrícola global precisa aumentar 70% até 2050, para atender à demanda global por alimentos.
“Provavelmente boa parte dessa demanda terá como origem a China. E o Brasil tem vocação e responsabilidade óbvia de ser um ator decisivo no atendimento a essa demanda. Portanto, a parceria com a China tem de desempenhar papel fundamental pela característica básica: o Brasil como potencialmente a maior potência agrícola do mundo, e a China como o maior importador. E, pela sua população, [a China] como o país mais afetado pelo tema da segurança alimentar”, afirmou.
Segundo o chanceler brasileiro, o aumento da produção agrícola terá de vir por inovações que tragam aumento na produtividade.
“O Brasil entende que o uso e o fomento da biotecnologia são cruciais para atender a essa expansão da demanda mundial, que será fundamental até para a estabilidade da comunidade internacional ao longo das próximas décadas”, disse Araújo, ao apontar a biotecnologia como ferramenta fundamental para a diminuição dos custos, bem como para o atendimento a essa demanda.
Fonte: DATAGRO