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Isenção da TEC do trigo pode abalar mercado interno

O comunicado conjunto divulgado pelos presidentes do Brasil e dos Estados Unidos, Jair Bolsonaro e Donald Trump, respectivamente, sobre a importação de trigo norte-americano com tarifa zero causou preocupação entre os triticultores paranaenses. De acordo com o documento, o Brasil implementará uma cota anual que permite a importação, livre de tarifas, de 750 mil toneladas do cereal do pão.

Hoje, a importação de trigo de outros países que não pertencem ao Mercosul, onde há livre comércio para o produto, possui uma taxa de 10%, referente à Tarifa Externa Comum (TEC). Esta foi uma medida adotada pelos países sul-americanos para incentivar a competitividade e evitar a formação de oligopólios e/ou reservas de mercado.

O anúncio de Bolsonaro deixou o setor em alerta, principalmente no Paraná, maior produtor nacional de trigo. Conforme dados de 2017 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção paranaense corresponde a cerca de 60% do cereal brasileiro.

A importação do trigo dos Estados Unidos livre de taxas pode prejudicar o mercado doméstico e os produtores, em especial paranaenses, podem sofrer com a concorrência. “A retirada desta tarifa implica em maiores dificuldades para o produtor paranaense, uma vez que o trigo importado impõe a ele menos competitividade”, destaca o economista do Departamento Técnico Econômico (DTE) da FAEP Luiz Eliezer Ferreira.

Ainda, Ferreira explica que, com a alta de 27,3% na produção brasileira na safra 2017/18, não há escassez de trigo no mercado interno. “Os moinhos já estão abastecidos até o final da temporada atual, não há desabastecimento interno e nem demanda aquecida que justifique importar mais trigo”, observa.

Leia a matéria completa no Boletim Informativo.

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Fonte: Sistema FAEP



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