A variação climática, marcada por períodos de seca e de chuvas acima da média, prejudicou a safra 2018/19 de soja no Mato Grosso do Sul, aponta o mais recente relatório do Sistema de Informações Geográficas do Agronegócio (SigaMS), divulgado nesta última quinta-feira (11) pela Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul (Aprosoja/MS).
“Esperávamos uma safra perfeita para soja. Mas o cenário de produtores rurais investindo cada vez mais em tecnologia, áreas sobrepondo o que antes era pasto e cana e prometiam avanço na produção de grãos, não tiveram apoio climático. A safra fecha com média de 48,11 sacas por hectare no Estado. Identificamos médias próximas de 70 sacas e outras fazendas registraram 28,5 sacas por hectare. Isso aconteceu devido as chuvas de manga, mas também pela escassez dela no momento de desenvolvimento da planta e dos grãos”, relata o presidente da Aprosoja/MS, Juliano Schmaedecke.
De acordo com o Siga, a área destinada à soja atingiu 2,98 milhões de hectares. Isso representa um avanço de 280 hectares ou 10% a mais que no ciclo anterior. Este acréscimo em cima de espaços antes dedicados à outras culturas, faz de Mato Grosso do Sul o estado com maior expansão na cultura. Como a estiagem atingiu diversos estados, no item soja, Mato Grosso do Sul se manteve como o quinto maior produtor, somando 8,8 milhões de toneladas.
“Em compensação o milho, boa parte está se consolidando como uma safra pujante. Estimamos um avanço na área de 5,73% e uma produtividade média de 78,2 sacas, atingindo volume de 9 milhões de toneladas”, diz o presidente.
Fonte: DATAGRO