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Formação contínua de líderes é aspecto-chave para desenvolvimento do agro

Que o agronegócio é indispensável para a economia do Brasil, todo mundo sabe. Seja pelo fato de o setor ser o responsável pelo alimento que chega à mesa do brasileiro, seja pelas cifras bilionárias que a atividade movimenta a cada ano, seja pelos postos de trabalho que gera em cada rincão do país. Dentro do 1º Encontro Regional de Líderes Rurais, o consultor do Sebrae-PR Celso Garcia apresentou uma palestra em que conclamou os produtores rurais a tomarem participação nas organizações do setor, como forma de tornar definitivo o protagonismo do agronegócio.

“Se vocês não tomarem a responsabilidade e fizerem o agronegócio continuar a ser protagonista deste país, ninguém vai fazer isso por vocês. Essa mudança começa aqui e agora”, sentenciou Garcia.

Com o tema “O poder de influência do produtor rural na sociedade 4.0”, a palestra se dispôs a apontar porque é importante o desenvolvimento de novas lideranças rurais. Uma das respostas é ancorada justamente no viés econômico: o agronegócio responde a cerca de 30% do PIB do país. Só no ano passado, por exemplo, as exportações do setor passaram dos R$ 93,3 bilhões e a contribuição na geração de empregos teve um saldo positivo de 74,5 mil postos de trabalho. “Vocês alimentam este país. E mais que isso. Vocês estão sustentando o Brasil economicamente”, apontou o consultor do Sebrae-PR.

O outro ponto relacionado à importância de se formar líderes rurais está diretamente relacionado ao aspecto cultural do homem do campo. Neste ponto, Garcia afirma que a ética e o labor do produtor rural são indispensáveis à consolidação do país. “Vivemos em uma sociedade carente de referências. E vocês são referências, porque são orientados por valores e pelo trabalho. Nós precisamos de valores e os do homem do campo são muito positivos”, apontou o consultor do Sebrae-PR.

Como fazer?

Para que isso ocorra, Garcia enumerou uma série de desafios que devem ser superados e de elementos em que o produtor rural deve ficar de olho. Um deles é a necessidade de atualização constante. O palestrante exibiu no telão uma edição da revista Forbes (mais importante periódico de economia mundial) de 2007, cuja reportagem de capa fala da empresa de telefonia Nokia, com a manchete “Quem pode pegar o rei do telefone?”. Na ocasião, a multinacional tinha um bilhão de clientes e parecia insuperável. Hoje, 12 anos depois, é difícil encontrar quem tenha comprado um Nokia recentemente.

“Não importa o quão bom você é, nem o quão sólido parece ser o seu negócio. Se você não se adaptar às mudanças, você simplesmente vai acabar em nada, vai desaparecer”, disse o palestrante.

Além disso, Garcia ressaltou a necessidade de se entender as diferenças de padrões e paradigmas de cada geração, para, a partir daí, otimizar o relacionamento interpessoal e, por conseguinte, o desenvolvimento humano do setor. “É olhar para uma pessoa, saber o que ela pensa, para eu poder lidar com ela da melhor forma”, resumiu o consultor. “O sindicato só vai ser indispensável se conhecer as reais demandas do produtor”, acrescentou.

Aprofundando este raciocínio, o palestrante elencou outros comportamentos a serem excluídos, com forma de catapultar o desenvolvimento humano. Como exemplo, ele mencionou a necessidade de abandonar o modelo de gestão baseado em “comando e controle” e acabar com a punição dos erros.

“Nós temos que entender que o sindicato é um espaço de desenvolvimento humano. Precisamos acabar com velhas fórmulas. Propor ideias e arriscar mais. Temos que fazer de outra forma, mais ágil”, reforçou.

 

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Fonte: Sistema FAEP



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