Os países islâmicos são o terceiro maior importador de produtos do agronegócio brasileiro. Em 2018, dos US$ 102 bilhões comercializados pelo Brasil, esse grupo ficou com US$ 16,4 bilhões: 16% do total.
Os dados são da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), com base em informações do Agrostat, do Ministério da Agricultura.
A CNA considerou países islâmicos um bloco composto de 52 nações, nas quais mais de 50% da população se classifica como muçulmana.
A liderança nas compras de produtos brasileiros relacionados ao agronegócio é da China, que adquiriu o correspondente a US$ 35,6 bilhões no ano passado, seguida da União Europeia, com US$ 17,8 bilhões.
As importações agropecuárias brasileiras dos países islâmicos se limitam a US$ 1 bilhão, tendo como destaque o óleo de dendê (US$ 253 milhões em 2018).
Azeitonas, coco, avelã, damasco e sardinha congelada também fazem parte da lista dessas importações.
Já as compras dos países islâmicos feitas no Brasil têm como lideranças o açúcar (US$ 3,8 bilhões) e o milho (US$ 2,3 bilhões), além de carne de frango, carne bovina e soja.
A CNA colocou o farelo de soja como um dos produtos com o maior potencial que o Brasil tem para vender aos islâmicos. As portas desses países estão abertas também para fumo e café.
Pelo menos 73% das exportações brasileiras para esses países se referem a produtos do agronegócio, enquanto as importações brasileiras agropecuárias se limitam a 8% do total de compras.
Fonte: Folha de São Paulo