A safra de laranja 2018/19 no cinturão agrícola de São Paulo e Minas Gerais fechou com queda de 28,2 por cento ante a temporada 2017/18, a 285,98 milhões de caixas de 40,8 kg, em meio a condições climáticas adversas em parte da principal área produtora do país, disse nesta quarta-feira o Fundecitrus.
A estimativa final para o ciclo no maior exportador mundial de suco de laranja, contudo, ficou levemente acima da anterior, de fevereiro (284,88 milhões de caixas), mas abaixo da inicial, de 288,29 milhões.
“Nesta temporada, as condições climáticas adversas observadas no cinturão citrícola, com exceção da região sudoeste, refletiram no menor rendimento dos pomares. A atuação irregular do clima na safra teve início ainda em 2017, com o atraso das chuvas da primavera, o que acarretou no florescimento mais tardio das laranjeiras”, explicou a entidade em relatório.
“No período pós-florescimento, as altas temperaturas prejudicaram o pegamento dos frutos, o que culminou na redução do número de laranjas produzidas por árvore”, acrescentou o , destacou o Fundo de Defesa da Citricultura.
Com uma safra menor, a exportação de suco de laranja do Brasil tem caído.
De julho de 2018 a fevereiro de 2019, os embarques do país recuaram 11 por cento na comparação com o mesmo período da temporada anterior, em meio a uma queda nas vendas para os principais importadores, a União Europeia e os EUA.
Do total produzido na região citrícola na safra 2018/19, cerca de 16,02 milhões de caixas vieram do Triângulo Mineiro.
O Fundecitrus disse que a taxa de queda de frutos média do cinturão citrícola acumulada desde o início da temporada até a colheita ficou em 16,70 por cento, sendo que os maiores prejuízos foram causados pelo bicho furão e moscas das frutas.
Fonte: Reuters