O mercado brasileiro de milho apresentou preços em queda nas principais praças do país no fechamento desta quinta-ferira, dia 21. O grão teve elevação mesmo com a Bolsa de Chicago ter fechado o dia em alta e o dólar ter disparado após o mercado financeiro repercutir a prisão do ex-presidente Michel Temer. A moeda fechou o dia cotado em R$ 3,801 para venda, com ata de 0,9%.
De acordo com a consultoria Safras&Mercado, essa alta do milho ocorreu principalmente por conta do aumento da oferta do cereal no Brasil. Com isso, os negócios também melhoraram, incluindo vendas antecipadas para a segunda safra no Paraná, em Goiás e em Mato Grosso.
Nos portos de Paranaguá (PR) e Santos (SP), o preço está cotado entre R$ 36,50 e R$ 37,50 para o milho safrinha, e entre R$ 38 e R$ 39 a saca no mercado disponível. No Paraná, a cotação ficou entre R$ 34 e R$36 por saca em Cascavel. Em São Paulo, preço é de R$ 34 a R$ 36,00 na Mogiana. Em Campinas CIF, o milho é cotado entre R$ 37 e R$ 38 por saca.
No Rio Grande do Sul, preço ficou entre R$ 36,50 e R$ 37,50 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, o cereal é cotado entre R$ 35 e R$ 36 em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve entre R$ 33 e R$ 34 em Rio Verde. Em Mato Grosso, preço ficou de R$ 25 a R$ 30 em Rondonópolis, no mercado disponível.
Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o valor do milho, medido pelo indicador Esalq/BM&FBovespa em Campinas (SP) é cotado em R$ 38,10, com baixa de 9,99% no acumulado de março.
Bolsa de Chicago
A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o milho fechou a quinta-feira com preços mais altos. A preocupação com o clima nos Estados Unidos, que enfrenta inundações em áreas produtoras, foi um fator de alta. Além disso, o clima tende a seguir desfavorável ao cultivo do cereal no curto prazo, com previsão de umidade acima do normal nas próximas semanas e meses, o que pode atrasar as atividades de campo.
A notícia de que a China está elevando as compras de suínos dos Estados Unidos também soou positiva aos preços, uma vez que pode favorecer um maior movimento de compras de milho norte-americano.
Ainda nos EUA, o mercado agrícola refletiu ainda o sentimento de melhor demanda para o cereal norte-americano. As vendas líquidas de milho do país para a temporada comercial 2018/2019, que tem início no dia 1º de setembro, ficaram em 855,9 mil toneladas na semana encerrada em 14 de março. O maior importador foi o Japão, com 346,8 mil toneladas. Para a temporada 2019/2020, foram mais 60 mil toneladas. Os analistas esperavam exportações entre 600 mil a 1,3 milhão de toneladas.
Diante deste cenário, os contratos de milho com entrega em maio de 2019 fecharam a US$ 3,76 por bushel, alta de 4,75 centavos de dólar, ou 1,27%, em relação ao fechamento anterior. A posição julho de 2019 fechou a US$ 3,85 bushel, alta de 4,50 centavos de dólar, ou 1,18%, em relação ao fechamento da sessão anterior.
Fonte: Canal Rural