As exportações brasileiras de carne bovina in natura e processada iniciaram o ano em queda, tanto em volume como receita. O motivo é associado à redução das compras da China por intermédio de Hong Kong. Em quantidade, o número ficou próximo ao de janeiro de 2018, mas o valor arrecadado foi 12% menor.
O balanço é da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) com dados fornecidos pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), através da Secex. No total, o Brasil exportou em janeiro deste ano 123.472 toneladas, contra 123.712 no mesmo mês do ano passado. A receita caiu de US$ 517,6 em 2018 para US$ 457,3 em 2019.
A China continua sendo o maior cliente do produto brasileiro, absorvendo 41,4% do volume exportado. Contudo, Hong Kong reduziu suas importações em 27% em janeiro, indo de 37.706 toneladas em 2018 para 27.594 toneladas em 2019. O Egito foi o segundo maior comprador, com 14.151 toneladas contra 12.814 toneladas em 2018 (+10%) e o Chile o terceiro, com 6.568 toneladas (-6,4%).
Segundo a Abrafrigo, a movimentação em janeiro foi impulsionada pelo retorno da Rússia nas aquisições da carne bovina brasileira. As compras ainda foram modestas em relação as mais de 150 mil toneladas que aquele país adquiriu em 2017, mas já alcançaram 3.105 toneladas contra uma movimentação praticamente inexistente em 2018.
Para 2019, a ABRAFRIGO prevê um crescimento na faixa de 5% nas exportações totais de carne bovina em relação a 2018. No total, 60 países aumentaram suas importações em janeiro enquanto outros 50 diminuíram.
Fonte: Globo Rural