Os preços da soja encerram janeiro com recuo de 3,85% para exportação e 2,50% no mercado interno, segundo a pesquisa diária do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). De acordo com o especialista Luiz Fernando Pacheco, analista da T&F Consultoria Agroeconômica, as quedas do dólar e de Chicago foram fatores fundamentais para esse recuo sentido nos preços da oleaginosa.
“O recuo do dólar no Brasil atingindo 1,77%, somado à queda de 0,51% na cotação do contrato de março em Chicago se juntaram à queda dos prêmios nos portos brasileiros (5 cents para março, 13 para abril e 3 para junho, embora tenham subido 13 cents para maio e 4 cents para julho) fez os preços oferecidos pelas Tradings sobre rodas nos portos brasileiros recuarem 0,54%, para R$ 77,08%”, explica.
Nesse cenário, a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) afirmou nesta quinta-feira (31.01) que as exportações de soja do Brasil somaram 2,3 milhões de toneladas em janeiro, o que representa um aumento de 56% quando comparado com o volume do mesmo mês de 2018. Isso porque, segundo Pacheco, a economia mundial ainda sentia os reflexos da guerra comercial travada entre os Estados Unidos e a China.
Para a Anec, 95% do volume exportado este mês teve como destino a China, maior importador global. “Com a chegada antecipada da nova safra este ano, os embarques de soja devem se intensificar já no início do mês de fevereiro… encontram-se programadas para embarque aproximadamente 6 milhões de toneladas”, disse a associação.
“O Brasil havia colhido até a semana passada pouco mais de 10 por cento da safra de soja que destacaram que os trabalhos estão adiantados após o tempo seco reduzir a produtividade em várias áreas”, conclui Pacheco.
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Fonte: Sistema FAEP