O Brasil está entre os países latino-americanos em que a pirataria de sementes mais se expande a cada ano. Estima-se que, de tudo que é colocado em campo no território nacional, 30% tenham sementes ilegais como ponto de partida. Os números apontam para porcentagens gritantes como a cultura do feijão, por exemplo, que chega a cifras de 90%. Já a popular soja, tem 35% de suas sementes adquiridas no mercado paralelo.
Os prejuízos para o agronegócio também são proporcionais. Segundo levantamento realizado em 2018 pela Associação Brasileira de Sementes e Mudas (Abrasem), as cifras alcançam R$ 2,5 bilhões ao ano. Frente a esses números, a Abrasem junto com a Associação Paranaense dos Produtores de Sementes e Mudas (Apasem), promovem no próximo dia (07), durante a realização do Show Rural Coopavel, o Painel “Os Desafios da Produção de Sementes no Brasil”.
Na avaliação da Abrasem, inúmeros são os fatores que têm incentivado a prática da pirataria de sementes em todo o país. Entre eles está a falta de informação de quem adquire esses produtos no mercado paralelo, ignorando os riscos desta prática.
No Show Rural Coopavel, as instituições farão o lançamento da campanha nacional contra a pirataria de sementes. Com o slogan “Semente Pirata Espanta a Produtividade”, a mesma vai trazer para discussão o quanto a pirataria no campo é corrosiva e os riscos que corre o produtor que opta por essa prática no mercado paralelo.
Fonte: DATAGRO