A falta de chuvas nas últimas semanas acentuou o risco de quebra da safra de soja 2018/2019 no Paraná. Levantamento divulgado nesta terça-feira (08/01) pelo Departamento de Economia Rural (Deral), vinculado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento, constatou que as condições das lavouras são consideradas ruins em 12% da área cultivada com a oleaginosa no Estado, o equivalente a 634.378 hectares. Segundo o estudo, em 30% da área (1,567 milhão de hectares) as condições são médias e em 58% (2,993 milhões de hectares) são boas.
No levantamento anterior do Deral, divulgado em 17 de dezembro do ano passado, apenas 3% das lavouras eram consideradas ruins, 17% eram médias e 80% boas. No final de janeiro de 2018, quando o Deral divulgou seu primeiro acompanhamento de safra do ano, as condições eram 14% médias e 86% boas.
A escassez de chuvas afeta mais a região oeste do Paraná, com destaque para a região de Umuarama, onde 40% das lavouras são consideradas ruis, 40% médias e apenas 20% boas. Em janeiro do ano passado 100% das lavouras de soja estavam em boas condições. Vale observar que em Umuarama os produtores já colheram 20.361 hectares, que correspondem a 12% da área cultivada nesta safra (169.680 hectares).
Na região de Toledo 36% das lavouras são consideradas ruins, 44% médias e 20% boas. Os produtores já colheram 91.467 hectares, que correspondem a 19% dos 481.408 hectares cultivados. No final do ano passado, em 15% da área as condições eram médias e em 85% boas.
A situação também é preocupante na região de Cascavel, a terceira maior produtora do Estado, onde 30% das lavouras estão em condições ruins, 40% médias e 30% boas. Na região os produtores já colheram 101.025 hectares, que correspondem a 18% dos 561.250 hectares cultivados.
No mês passado o Deral já havia reduzido a estimativa de safra de soja em 500 mil toneladas em relação a previsão de novembro, para 19,1 milhões de toneladas, volume que deve ser ainda menor nos números que serão divulgados no final de janeiro.
Fonte: Globo Rural