No ritmo de 2017, 2018 trouxe apenas desvalorizações para o couro verde. A última valorização registrada foi em fevereiro de 2017, após isso, ou estabilidade ou queda nas cotações.
Mesmo com a alta do dólar, o que favorece a exportação, a demanda deixou a desejar.
De janeiro a novembro, o Brasil exportou 411 mil toneladas em couros, queda de 0,6% em relação ao mesmo intervalo de 2017. Do lado do faturamento, a receita foi 23,7% menor na mesma comparação (MDIC).
Mesmo a retirada do imposto (a partir de setembro) para a exportação do couro wet blue, o mercado não reagiu.
Procura bamba e oferta maior, afundou a cotação do couro verde, tendo em vista o maior volume de bovinos abatidos.
Até a última semana de dezembro, o couro verde de primeira linha estava cotado, em média, em R$0,90/kg, considerando a região do Brasil Central. Apenas em dois meses (junho/09 e julho/09) tivemos valores reais menores que os atuais, considerando médias mensais desde 2007, início do monitoramento de preços.
Em 2018, considerando o preço deflacionado, a cotação do couro verde de primeira linha caiu 47,4% (Brasil Central).
Para 2019, não há uma expectativa de que o mercado mude de rumo, porém, a provável redução da oferta (uma vez que é esperada maior retenção de fêmeas), pode limitar as desvalorizações ou, até mesmo, contribuir para que haja um início de retomada de preços.
Fonte: Scot Consultoria