O frango vivo negociado no interior paulista completa o mês de novembro com um valor médio 5,34% inferior ao de outubro passado. Isso, porém, só na aparência. Porque, considerados os descontos de até 50 centavos aplicados sobre a cotação referencial no decorrer do mês e, a partir daí, levantado um valor médio, conclui-se que a queda em relação ao mês anterior ultrapassa os 10%, indo além dos 10,53% de redução (resultado preliminar) enfrentado pelo farelo de soja.
Mas frango e farelo de soja não estiveram sós no mês. Pois, entre os cinco produtos relacionados, também o milho (com redução mínima) e o boi em pé enfrentaram queda de preço. Ou seja: apenas o suíno registrou alta em relação ao mês anterior. Mas também mínima, de apenas 1%, o que não fez reverter as perdas acumuladas em um ano (-16,5%), dois ou três anos (queda de pouco mais de 7% em ambos).
O boi, por seu turno, registra no ano valorização de 3,63% em relação a 2017. Mas também segue com preço médio menor em relação a 2016 (-5,73%) e a 2015 (-1,04%). Já o frango tem preço menor apenas em relação ao difícil ano de 2016 (-3,77%), registrando ganho de 7,61% em relação a 2015.
Ganho, porém, não é o termo correto. Porque, comparativamente à inflação acumulada nos últimos três anos, ao redor de 15%, a evolução do preço do frango ficou, praticamente, na metade. E – o que é muito mais grave – esse preço evoluiu muitíssimo aquém das duas principais matérias-primas do produto, milho (quase 37% de aumento) e farelo de soja (perto de 17%).
Fonte: AVISITE