Tomando como base os preços médios alcançados no ano passado, constata-se que em 2018 o melhor desempenho vem sendo registrado pelo frango. Na ponta oposta, o pior resultado é o do suíno.
Começando pelo suíno. Termina novembro alcançando a melhor cotação do ano. Mas ela é a mesma registrada nos primeiros dias de 2018. E em nenhum momento do corrente exercício o animal alcançou o valor médio registrado em 2017. Ou seja: completa 11 dos 12 meses de 2018 registrando um preço médio correspondente a 84% do valor médio registrado no ano passado.
Pelo menos em termos de evolução do preço nominal, a situação do boi em pé não é muito diferente. Iniciou o presente exercício cotado por valor 5% superior à média de 2017 e chega ao final de novembro valendo dois pontos percentuais a menos. No entanto, seus preços só ficaram abaixo da média do ano anterior por curto espaço de tempo, entre os meses de maio e junho. Daí estar alcançando, até aqui, preço médio 3% superior ao do ano passado.
O frango já esteve em melhores condições que em novembro corrente, pois chegou a registrar valorização de mais de 25% sobre a média de 2017. Perdeu isso nas últimas semanas, mas, de toda forma, fecha o mês valendo pelo menos 10% mais que no ano passado.
Aliás, analisando-se o gráfico abaixo, tem-se a impressão de que o frango apresentou desempenho excepcional em 2018, deixando boi e suíno para trás e a grande distância. Mas é só impressão. Pois, nos cinco primeiros meses deste ano, o produto foi negociado por valores inferiores à média do ano anterior. E só a partir de junho, com a readequação da produção, é que passa a obter efetiva valorização.
Mesmo assim, os ganhos do setor não são tão expressivos quanto aparentam à primeira vista. Pois, na média destes 11 primeiros meses de 2018, o preço do produto se encontra menos de 7% acima da média do ano anterior, ou seja, registra desempenho menos de quatro pontos percentuais acima do obtido pelo boi em pé. Não chega a propiciar recuperação das perdas anteriores.
Fonte: Avisite