Diante do movimento em torno do carro elétrico, o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Antônio Megale, disse no Salão Internacional do Automóvel, que começa nesta quinta-feira (08), em São Paulo (SP), que o Brasil precisa valorizar o etanol como alternativa eficiente do ponto de vista energético e ambiental aos combustíveis fósseis.
“Não podemos nos esquecer do etanol, que é um patrimônio do Brasil”, afirmou.
Para presidente da Anfavea, Brasil tem o maior programa de energia renovável do mundoPara presidente da Anfavea, Brasil tem o maior programa de energia renovável do mundo
Segundo o dirigente, na jornada da eletrificação automotiva, cada país tem sua vocação e o etanol não pode ser esquecido.
“O Brasil tem o maior programa de energia renovável baseado no etanol do mundo, com produção e pontos de distribuição, a maior frota flex, que é uma conquista nossa”, ressaltou, acrescentando que “isso nos dá uma situação diferenciada na comparação com outros países”.
O etanol, acentuou Megale, é, considerando o ciclo de vida do produto, desde o plantio da cana-de-açúcar até o abastecimento do carro na bomba, um combustível neutro em emissões de gases.
Na avaliação de Megale, a eletrificação automotiva avançará por meio de várias rotas tecnológicas, começando pelos veículos híbridos [combustíveis e elétrico]. Neste sentido, de acordo com o dirigente, automóveis equipados com célula combustível capazes de usar etanol são uma importante opção.
Ademais, segundo Megale, o elétrico puro enfrenta, ainda, diversos desafios relacionados às baterias, pontos de distribuição, entre outros.
“Além disso, o veículo elétrico só está sendo viabilizado até o momento em países onde conta com pesados subsídios.”
Fonte: União dos Produtores de Bioenergia