As exportações brasileiras do agronegócio continuam registrando volumes recordes em 2018, segundo indicam pesquisas realizadas pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP. De janeiro a setembro, a quantidade embarcada superou em 1% à do mesmo período do ano passado. Quanto ao faturamento, já atingiu US$ 76 bilhões na parcial de 2018, favorecido pela recuperação do dólar nesse período. O faturamento em moeda nacional aumentou mais de 10%, devido à desvalorização de 9% do real.
Pesquisadores do Cepea indicam que a soja em grão foi o carro-chefe do resultado positivo de janeiro a setembro de 2018, tendo a China como principal destino – o país asiático absorveu quase 80% das vendas brasileiras da oleaginosa em 2018.
Destino
De janeiro a setembro de 2018, a China se manteve como principal destino das exportações do agronegócio brasileiro, com participação de mais de 34% do total, seguida pelos países da Zona do Euro (13%) e dos Estados Unidos (6%).
Outro produto importante é a carne bovina. Do total da carne brasileira exportada de janeiro a setembro, quase 28% tiveram a China como destino – o país figura como segundo principal destino das exportações brasileiras desse produto, atrás apenas de Hong Kong.
Próximos meses
A inflação ao redor da meta e a redução nas taxas de juros podem favorecer os investimentos na produção agrícola, o que contribui para que a oferta brasileira de alimentos, fibras e energia continue em expansão nos próximos meses. Além disso, a demanda internacional parece se manter firme, com a China demonstrando forte disposição em aumentar suas compras de alimentos.
Em relação ao real, a definição do quadro político nacional deve trazer certa estabilidade à moeda nacional neste fim de 2018. A oferta brasileira elevada na última safra e os preços externos em patamares altos devem ser fatores essenciais para que o setor mantenha o bom desempenho nos últimos meses de 2018.
Fonte: União dos Produtores de Bioenergia