A proposta de redução de CO2 na atmosfera assinada entre 90 países durante a COP21 deu largada a um universo de propostas e novas tecnologias no mercado mundial. Na Europa e nos países asiáticos, tradicionais na indústria automobilística, caminham as pesquisas sobre o carro elétrico, que deve representar 30% da frota mundial na próxima década.
No Brasil, as apostas estão concentradas em duas grandes propostas governamentais. O RenovaBio, que tem o objetivo de reduzir o carbono dos combustíveis por meio dos biocombustíveis e o Rota 2030, que prevê incentivos fiscais para aquisição de veículos híbridos e elétricos. As duas pretendem levar o Brasil a atender o compromisso de reduzir em até 37% as emissões de CO2 até 2025.
O tema foi discutido no painel sobre novas tendências em tecnologia automotiva durante 18 Conferência Internacional DATAGRO sobre Açúcar e Etanol, na tarde desta segunda-feira (29), em São Paulo-SP.
O Painel ainda traçou o futuro do etanol neste novo cenário. Para o diretor de assuntos regulatórios da Fiat, João Irineu Medeiros, o etanol é a melhor opção de redução de CO2 e o Brasil é o único que tem essa oportunidade na mão, além de área de plantio, produção consolidada, logística e 85% dos veículos flex.
“Nenhum país do mundo vai fazer essa rota de tecnologia”, afirma.
Porém o setor tem um desafio: combinar o etanol com a eletrificação para garantir o futuro do combustível.
Fonte: União dos produtores de Bioenergia