As últimas semanas foram de apreensão na região Oeste do Paraná. Tudo por conta de um despacho da Fundação Nacional do Índio (Funai) que aprova a identificação da Terra Indígena Tekohá Guasu Guavirá, de ocupação tradicional do povo Avá-Guarani, localizada em Altônia, Guaíra e Terra Roxa, municípios que têm vocação para o agronegócio há décadas. O documento da Funai é uma etapa do processo para a criação de uma área indígena, por meio da demarcação.
O Despacho Nº 2, de setembro de 2018, apresenta o resultado de um estudo coordenado pela antropóloga Marina Vanzolini Figueiredo que identificou uma área de aproximadamente 24 mil hectares, dividida em duas glebas e áreas de ilhas que poderiam abrigar uma população indígena estimada em 1.360 pessoas (os dados são de 2013). Porém, nesta área estão 172 propriedades rurais legalizadas e produtivas.
“Essa decisão abalou o agronegócio da região, e terá um impacto no setor [caso se confirme]. Caiu como uma bomba. Ninguém mais tem coragem de investir e as áreas desvalorizaram por conta da indefinição. Todos estão sem chão”, relata Silvanir Rosset, presidente do Sindicato Rural de Guaíra. Ainda segundo o dirigente, sem essas terras haverá perda de R$ 150 milhões na região.
Dentre os três municípios, Terra Roxa terá a maior parcela de demarcação. Dos 24 mil hectares identificados no estudo, 14,4 mil estão dentro do território da cidade. “Existe um desespero total entre os produtores”, relata o presidente do Sindicato Rural de Terra Roxa, Vagner José Rodrigues da Silva.
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Fonte: Sistema FAEP