Com o aumento das temperaturas e o excesso de matéria orgânica na água dos açudes, começam a aparecer os primeiros casos de mortalidade de peixes devido à falta de oxigênio na água. Para evitar ou amenizar esse problema, recomenda-se realizar a aeração da água. No município de Picada Café, na comunidade do Jammerthal, o produtor Silvério Hansen cria carpas, principalmente da espécie capim, atualmente para o consumo da família, porém possui interesse na ampliação da criação para um abatedouro que pretende se instalar no município. Hansen entrou em contato com o Escritório Municipal da Emater/RS-Ascar, relatando o problema e, assim, o engenheiro agrônomo Rafael Hoss realizou a instalação, na semana passada (16/10), de um aerador por gravidade, modelo Samuca, em um tanque da propriedade.
De acordo com Hoss, essa tecnologia apresenta vantagens ambientais e econômicas. É uma forma bastante eficaz e barata para aerar os tanques de criação de peixes das propriedades dos agricultores familiares. Esse sistema reduz o consumo de água (de 60 a 70%) e dispensa o uso de energia elétrica, pois funciona por gravidade, sendo bastante versátil e podendo ser utilizado em tanques de engorda de peixes e em berçários (alevinos). Nos de engorda, um equipamento é necessário para aerar 200m² de lâmina dágua (3 a 4 peixes/m²), destaca. O aerador é feito com canos, tampão e T de PVC.
O engenheiro agrônomo explica ainda que um sinal típico da falta de oxigênio na água é a presença dos peixes tentando respirar na superfície nas primeiras horas da manhã. Este fato ocorre devido à grande presença de algas na água, que consomem o oxigênio da água durante a noite e se multiplicam devido ao excesso de matéria orgânica, tornando a água esverdeada. Fonte: Emater