O Brasil sugeriu aos países sul-americanos um reforço conjunto nas medidas para evitar a chegada da peste suína clássica e africana ao continente, informou o Ministério da Agricultura, me comunicado (Mapa). Foi durante reunião dos ministros da Agricultura do Conselho Agropecuário do Sul (CAS), na última semana, com participação do ministro Blairo Maggi.
A doença, que não é transmissível para seres humanos, mas é extremamente nociva para planteis de suínos, tem se alastrado por Rússia, países do leste europeu e da Ásia, incluindo a China. Da parte do Brasil, já foi anunciado um reforço nas medidas de vigilância.
“O alerta é importante para que a doença não chegue ao continente sul americano”, pontua a nota do Ministério da Agricultura, com o relato da reunião, realizada em Buenos Aires, capital da Argentina.
Ainda de acordo com o Mapa, pelo menos seis declarações conjuntas foram assinadas pelos ministros do CAS. Os documentos tratam de temas como limites de tolerância a resíduos, resistência antimicrobiana, convergência regulatória, acesso a mercados, recursos fitossanitários e edição gênica, considerada a nova fronteira da biotecnologia.
No relato da pasta, o ministro da Agricultura do Brasil argumentou que há 1450 insumos utilizados pelos países que integram o Conselho cujas regras não coincidem com as brasileiras. A falta de uma harmonização das regras pode trazer problemas. Maggi propôs que o Mercosul utilize os padrões previstos no Codex Alimentarius.
Diferenças de resíduos de moléculas usadas na produção, por exemplo, chegam a 70%. E existem produtos usados nos países vizinhos, mas que são proibidos no Brasil.
“Estamos fazendo uma provocação aqui no CAS para tentar mudar uma situação prática e que precisa ser resolvida. Queremos harmonizar a legislação e ser mais rápidos no comércio”, disse Maggi.
Fonte: Revista Globo Rural