Com a segunda semana consecutiva de bolsas fechando abaixo da semana anterior, o trigo voltou ao mesmo patamar de um mês e meio atrás. “O ritmo de vendas da Rússia para o mercado externo está impressionado a todos”, aponta o analista da T&F Consultoria Agroeconômica, Luiz Fernando Pacheco.
Segundo ele, isso ocorre mesmo com os rumores de restrição de exportação indo e vindo nos últimos dois meses. Pacheco destaca que, mesmo com o menor volume final (a quebra da safra de trigo russa equivale a safra argentina dessa temporada) os russos já exportaram 80% a mais que o mesmo período do ano passado.
“Com isso alguns analistas já apontam que será reduzido as exportações americanas e aumentado o seu estoque final no próximo relatório de oferta e demanda do USDA. As exportações de 380 mil toneladas nessa última semana colaboram com essa visão. Movimento contrário do estoque final mundial, que terá que sofrer uma redução”, comenta.
Paris começou a estabilizar a sua queda com a soma mensal de 1,3 milhão de toneladas exportado em julho de 2018. O bloco europeu ainda está na corrida contra os representantes do Mar Negro. Ambos os grupos sofreram quedas de safra esse ano, mas ao contrário da Rússia, Ucrânia, Bulgária e Romênia que aumentaram as suas exportações, o bloco europeu está abaixo no comparativo ano a ano nos embarques.
MERCADOS
O mercado está cauteloso até a divulgação do relatório do USDA sobre oferta e demanda, pontua Pacheco. Com isto, o trigo soft de Chicago dezembro fechou em baixa de 0,48%; o trigo hard de Kansas City fechou em baixa de 0,38%; o trigo de primavera de Minneapolis fechou em baixa de 0,21%; o trigo para moagem de Paris dezembro fechou em baixa de 0,35%; o trigo forrageiro de Londres novembro em baixa de 0,37% e Austrália janeiro fechou em baixa de 0,87%.
Fonte: Agrolink
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