O dólar recuou 1 por cento nesta quarta-feira, pelo segundo pregão seguido, e voltou ao patamar de 3,70 reais sob influência do exterior, onde o ambiente era de maior alívio após sinalizações dos Estados Unidos e da Europa de tirar pressão sobre a guerra comercial global.
O dólar recuou 1,09 por cento, a 3,7022 reais na venda, menor valor desde 25 de maio (3,6683 reais), depois de bater 3,6982 reais na mínima do dia.
O dólar futuro tinha desvalorização de cerca de 1,20 por cento no final da tarde.
“O recuo da moeda norte-americana no exterior se somou ao desmonte de posições compradas (aposta na alta do dólar)”, afirmou o operador de câmbio de uma corretora.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o chefe da União Europeia (UE), Jean-Claude Juncker, reuniram-se nesta tarde e expressaram nesta o desejo de reduzir as tarifas e aliviar as tensões no comércio internacional durante encontro na Casa Branca.
O dólar recuava ante uma cesta de moedas e caía mais forte frente divisas de países emergentes, como os pesos chileno e mexicano.
Internamente, o mercado continuava de olho no noticiário político, sobretudo os passos do pré-candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, considerado pelos mercados financeiros como mais favorável a reformas, sobretudo de perfil fiscal.
“O próximo suporte do dólar estaria em 3,67 reais e acho possível a moeda ficar rondando 3,65 reais”, afirmou diretor da consultoria de valores mobiliários Wagner Investimentos, José Faria Júnior.
O Banco Central brasileiro ofertou e vendeu integralmente 14 mil swaps tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, rolando 11,9 bilhões de dólares do total de 14,023 bilhões de dólares dos contratos que vencem em agosto.
Fonte: Reuters