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FEIJÃO

Alguns empacotadores têm uma visão bastante peculiar das grandes modificações que o mercado tem enfrentado. Por exemplo, a concentração cada dia mais notória do varejo tem um impacto grande no preço ao produtor,  ainda que seja pouco percebido por aqueles que não estão naquela ponta do setor. O atacarejo, um fenômeno que se destaca no Nordeste, impõe um novo estilo de negócio não só na concorrência com os tradicionais supermercados, mas elimina mais rapidamente e em maior volume as vendas ao pequeno varejista. Sem o preço médio que era possível ser feito com as vendas por um valor um pouco mais alto fora das grandes redes, o empacotador perde a cada dia mais a chance de sobreviver sem “ajoelhar” e rezar pela cartilha das grandes. A partir desta mudança, o mercado passa a oscilar menos. O poder está na mão do varejo, tanto quanto esteve na mão do produtor em 2016. A oscilação da semana passada mostrou que o mercado tem espaço para se manter um pouco acima dos valores que vinham sendo praticados abaixo dos R$ 100. Foi reforçada esta possibilidade pela procura por Feijão-carioca, recém-colhido, na sexta-feira à tarde, que voltou a ter compradores manifestando algum interesse. Isso reascendeu a expectativa dos produtores de que, durante esta semana, mesmo sendo em momento mais calmo do mês, seja possível tentar evitar quedas de preço.

Amanhã: análise do Feijao-rajado e Feijão-preto.

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Fonte: IBRAFE



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