O dólar fechou em leve alta frente ao real nesta quinta-feira, tendo como pano de fundo da cena política do país, com as eleições presidenciais cada vez mais próximas.
O dólar avançou 0,08 por cento, a 3,8841 reais na venda, depois de ter fechado o pregão passado com forte alta de quase 2 por cento. O dólar futuro tinha alta de cerca de 0,17 por cento no final da tarde.
“Os mercados globais operam no campo positivo, dissipando parte do movimento de aversão ao risco observado ontem”, escreveu a equipe de economistas do banco Bradesco em relatório, referindo-se à afirmação do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que o comprometimento de Washington com a Otan “continua muito forte”.
No exterior, o dólar era negociado em alta frente a uma cesta de moedas e recuava frente a divisas de países emergentes, como os pesos chileno e mexicano.
Também ajudava no movimento o dado de inflação ao consumidor dos Estados Unidos menor que o esperado em junho, trazendo certo alívio de que os juros na maior economia do mundo não devem subir mais do que o esperado. Mas a atenção sobre guerra comercial global continuavam.
Mas a atenção sobre guerra comercial global continuou, bem como diante da cena política interna, com a aproximação das eleições presidenciais de outubro e negociações entre os principais pré-candidatos.
O mercado teme que um político que considere menos comprometido com ajustes fiscais ganhe tração e vença a disputa.
E no campo fiscal, também sugiram notícias que não agradaram os investidores, como o fato de o Congresso Nacional ter aprovado na noite passada a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2019 retirando o dispositivo que proibia a concessão de reajustes aos servidores públicos e criação de novos cargos públicos.
O Banco Central brasileiro ofertou e vendeu integralmente 14 mil swaps tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, para rolagem dos contratos que vencem em agosto, no total de 14,023 bilhões de dólares.
Com isso, rolou o equivalente a 5,6 bilhão de dólares do total que vence no próximo mês. Como tem feito recentemente, o BC não anunciou intervenção extraordinária no mercado de câmbio.
Fonte: Reuters