Curitiba foi a primeira cidade a sediar o 2º Seminário Regional de Formação de Professores do Agrinho, evento promovido pelo SENAR-PR que irá percorrer 15 municípios em todas as regiões do Estado até o dia 22 de junho. O objetivo dos encontros é promover a formação continuada de professores e facilitar o acesso às bases teóricas propostas pelo Programa, que anualmente mobiliza 900 mil alunos e milhares de professores no Paraná.
Na capital paranaense, o seminário reuniu 500 professores da rede municipal de ensino. A programação do evento coincidiu com a semana pedagógica, quando os docentes do município podem aprimorar seus conhecimentos. “As ações precisam andar encadeadas. É uma grata satisfação termos a temática do Agrinho combinando com a temática da tecnologia e da inovação como foco de estudo da formação dos nossos professores. Por coincidência, tem um grande seminário nesta área voltado aos professores da rede em uma mesma semana”, afirma a secretária de Educação de Curitiba, Maria Sílvia Bacila.
Na opinião da secretária, o Programa Agrinho está consolidado tanto na sua estrutura quanto na diversidade de temas que abrange. “Para Curitiba é uma grande satisfação aderir novamente a este programa”, ressalta. Os materiais didáticos do Programa desenvolvido há 22 anos pelo SENAR-PR permitem que os educadores trabalhem em sala de aula temas transversais como saúde, cidadania, meio ambiente, segurança pessoal e outros que dialogam com a vida dos estudantes, promovendo a conexão dos meios urbano e rural. “O Agrinho faz muito bem à nossa educação curitibana”, diz Bacila.
Para colaborar com a formação continuada dos docentes da capital e região, este primeiro encontro contou com palestrantes nacionais e internacionais, que discutiram novos modelos pedagógicos em sintonia com os avanços tecnológicos que envolvem a vida dos estudantes.
Palestras
Após a abertura do evento, realizada pelo supervisor do SENAR-PR da regional de Curitiba, Alexandre Marra, foram realizadas duas palestras na parte da manhã. A primeira pelo professor do departamento de educação à distância da Universidade Aberta (UAb), de Portugal, José Antônio Moreira, intitulada “Aprender com imagens em movimento em ambientes digitais: modelos pedagógicos para sua desconstrução”. Na ocasião, o docente tratou do uso de imagens estáticas e em movimento, além de outras tecnologias, como estratégia pedagógica. “Não faz sentido que
estejamos buscando formar as competências do século XXI com as mesmas práticas pedagógicas dos séculos XIX e XX”, avalia.
Segundo Moreira, seja no Brasil ou em Portugal, hoje os educadores estão diante de um grande desafio: “Temos que conversar não só com o currículo, mas com as competências que queremos desenvolver nos futuros cidadãos. Porém não sabemos, daqui a 20 anos, quais profissões irão existir”, indaga. “Para isso não podemos ser nem on-line, nem off-line, mas sim ‘on-life’. Temos que educar em todos os ambientes e fazer que esses dualismos consigam dialogar”, pondera. “Nossos estudantes precisam do digital”, acrescenta.
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Fonte: Sistema FAEP