Goiás registrou mais um superávit na balança comercial neste mês de março, tendo registrado um saldo positivo no período de US$386,2 milhões. O volume exportado no mês chegou a ordem de US$734,5 milhões, tendo como carro chefe o complexo soja, responsável por mais da metade do resultado obtido. Já as importações do mês foram da ordem de US$348,3 milhões, um crescimento de 15,4% em relação ao mesmo período do ano passado. Entre os principais produtos importados em março, destaque novamente dos insumos para indústria farmacêutica, responsável por 37,5% das importações do mês, seguido das aquisições de veículos, tratores e suas partes, que somaram 15,4% do resultado total.
Com isso o acumulado na balança comercial de 2018 atingiu o montante de US$656,1 milhões, o que representa uma queda de 16,43% em relação ao resultado obtido em 2017. Porém esta queda pode ser considerada um fator positivo, já que tivemos uma manutenção das exportações, que ficaram apenas 0,02% inferiores ao início de 2017, com US$1,58 bilhão, e estamos registrando uma alta de 16,1% nas importações totais, com volume ficando em US$928,6 milhões. Esta elevação demonstra claramente a recuperação do poder de compras das empresas e consumidores goianos, sendo parte importante dos produtos importados formados por insumos da indústria de transformação e da atividade agropecuária.
Entre os principais produtos exportados no ano, a soja segue como principal destaque, sendo a Soja em grão responsável por 30,1% do total exportado em 2018 até o momento, somando US$478,3 milhões e 1,22 milhão de toneladas. Porém tanto o volume (-7,6%) quanto o valor monetário (-8,8%) estão inferiores ao ano passado, fruto principalmente do atraso registrado na colheita da oleaginosa nesta safra, o que atrasou a chegada da oferta do produto.
Em seguida na lista de principais produtos exportados aparecem as Carnes desossadas e congeladas de Bovinos, que já registraram montante de US$173 milhões vendido ao exterior neste início de 2018, resultado 27,6% superior ao mesmo período ano passado. Outro destaque advindo do agronegócio é o Farelo de Soja, quarto maior produto exportado de Janeiro a Março deste ano, tendo registrado um montante de US$118 milhões, queda de 31,4% em relação a 2017. Parte deste resultado também é explicado pelo atraso na colheita da soja, sendo esperado uma recuperação já nos próximos meses, devendo inclusive superar o resultado dos anos anteriores, dado o bom momento de margens da indústria de processamento de soja e a expectativa de crescimento da demanda externa.
Também figuram entre os 10 principais produtos exportados até o momento a carne de frango (pedaços e miudezas congeladas), com US$54,9 milhões, queda de 9,3% em relação a 2017, e os Açúcares de Cana, que registram alta de 68,7% nesta mesma comparação, tendo exportado US$40,5 milhões até o momento.
Já nos principais produtos importados, destaque para o Medicamentos para Medicina Humana e Veterinária, responsáveis por 34% do total importado, seguido das Partes e Peças para Veículos e Tratores (11%), Cloreto de Potássio (4,7%), Automóveis de Passageiros (4,25), Ureia (3,6%), Compostos Heterocíclicos (2,9%), Adubos Formulados NPK (1,9%) e Máquinas e Aparelhos para Uso Agrícola (1,8%).
A China continua sendo o principal parceiro comercial goiano, sendo responsável por 35,5% do volume total exportado pelo estado, com US$563,1 milhões, queda de 1,89% em relação a 2017. Entre os principais produtos adquiridos pelos gigantes asiáticos destaque para a soja, ferroligas, carnes bovinas e de aves, produtos farmacêuticos, produtos químicos e perfumarias e preparações cosméticas. Seguindo a China na lista de compradores de produtos goianos temos os Países Baixos (6,61%), a Índia (6,15%), Espanha (4,60%), Hong Kong (3,69%), Coréia do Sul (3,65%), Reino Unido (3,27%), Estados Unidos (3,21%), Irã (2,94%) e Tailândia (2,54%).
Já entre as origens dos produtos importados por Goiás neste início de 2018, destaque para a Alemanha (16,92%), Estados Unidos (14,15%), Coreia do Sul (12,07%), Japão (7,22%), China (6,07%), Suíça (5,73%), Tailândia (5,31%) e Rússia (5,3%), Índia (3,14%) e Itália (2,21%).
Fonte: Ifag