Oito dos principais produtos agrícolas da safra brasileira tiveram a estimativa de produção revisada para cima na passagem de fevereiro para março, segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola, divulgado nesta terça-feira, 10, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A safra será 2 milhões de toneladas maior do que o estimado em fevereiro. As maiores variações positivas em março ficaram com algodão herbáceo (2,8%), feijão 2ª safra (2,6%), banana (2,0%), milho 2ª safra (1,7%), soja (1,2%), cana-de-açúcar (0,4%), milho 1ª safra (0,2%) e feijão 1ª safra (0,1%). Foi revista para baixo a estimativa de feijão 3ª safra (-1,6%), trigo (-9,1%) e castanha de caju (-10,4%).
A produção de algodão deve totalizar 4,4 milhões de toneladas em 2018. A área plantada e a área a ser colhida apresentaram crescimento de 2,2% em relação a fevereiro. O rendimento médio foi estimado em 4.012 kg/ha, aumento de 0,6% frente ao resultado do mês anterior. Ao todo, deve ser plantada uma área de 1,1 milhão de hectares de algodão no País.
No caso da banana, a estimativa da produção é de 7,2 milhões de toneladas este ano. A área plantada alcança 530,8 mil hectares, um crescimento de 1,1% em relação à previsão anterior, enquanto o rendimento médio, de 14 633 kg/ha, aumentou 1,3%. A safra de cana-de-açúcar deve somar 675,5 milhões de toneladas em 2018.
Segundo o IBGE, as chuvas do primeiro trimestre favoreceram o desenvolvimento dos canaviais na Região Centro-Sul, onde está concentrada a maior parte da produção nacional. Mato Grosso, Alagoas e Espírito Santo aumentaram as estimativas de área plantada, enquanto Goiás e Mato Grosso do Sul tiveram melhora na produtividade.
O País deve produzir 133,2 mil toneladas de castanha de caju. A área plantada teve declínio de 8%, enquanto a área a ser colhida encolheu 9,3%. O rendimento médio caiu 1,2%.
Quanto ao trigo, a produção nacional está prevista em 5,6 milhões de toneladas. A área plantada e a área a ser colhida recuaram 13,5%, enquanto o rendimento médio aumentou 5,1%. O IBGE ressalta que o valor pouco atrativo da saca do produto, a baixa liquidez e as recentes adversidades enfrentadas com o clima vêm afetando a intenção de plantio do trigo no Sul do País, que contribuiu com 85,5% do total colhido em 2017.
Fonte: Estadão Conteúdo