Na segunda-feira 26, pela segunda vez em três dias de negociações, o frango vivo comercializado no interior paulista sofreu redução de preço. A queda, desta vez de cinco centavos, fez a cotação retroceder para R$2,25/kg, valor que corresponde a uma redução de 6% em 30 dias e de 15% em um ano. Tão baixo valor não era registrado desde maio/junho de 2015.
Em Minas Gerais não houve alteração na cotação de referência e, assim, o mercado operou com os mesmos R$2,10/kg vindos do final de fevereiro. Notar, entretanto, que numa e noutra praça essas cotações correspondem apenas a um referencial. Pois negócios a preços inferiores continuam sendo realizados.
Note-se, em relação a São Paulo, que há mais de cinco meses o setor não registra uma alta. O último ajuste para cima ocorreu em 23 de outubro de 2017, ocasião em que a cotação chegou aos R$2,70/kg e ali permaneceu até meados de janeiro de 2018. Considerando aquele valor, em apenas 10 semanas o produto sofreu desvalorização de, aproximadamente, 17% – quase 2% a menos por semana.
Em Minas Gerais a última alta ocorreu mais recentemente, em 13 de dezembro de 2017 – há pouco mais de três meses, portanto. Em contrapartida, o processo de baixa foi mais incisivo. Pois o valor então atingido (R$2,85/kg, estável até os primeiros dias de 2018) sofreu recuo de mais de 26% em apenas oito semanas. E isto corresponde a uma redução semanal superior a 3,5%.
Já foi dito mas não custa repetir: apesar de estarmos às vésperas da Páscoa (período, tradicionalmente, de alto consumo) no momento são nulas as possibilidades de reversão do mercado. Mas não apenas porque esta é a última semana do mês ou por ser a Semana Santa (de consumo voltado para o peixe em detrimento das carnes) e, sim, porque o poder aquisitivo do consumidor se encontra totalmente esgotado.
Fonte: Avisite