O setor produtivo do leste de Goiás trabalha com uma perspectiva de safra de soja robusta em 2017/2018, e em muitos casos produtores relatam produtividades acima do ano passado, quando os resultados foram recordes nas áreas já colhidas. A Equipe 6 do Rally da Safra, que o Broadcast Agro acompanha, encontrou agricultores otimistas, com volumes adequados de chuva durante o desenvolvimento da oleaginosa.
Conforme o vice-presidente da Aprosoja-Goiás, José Fava Neto, que também é produtor no leste do Estado, os resultados da safra 2017/18 estão surpreendendo positivamente.
“A produtividade está próxima do ano passado, que foi excelente”, apontou. “Os relatos que a gente tem é que no sudoeste do Estado houve uma quebra de 3% a 5% em relação ao ano passado. A região leste de Goiás é mais uma região de soja de ciclo médio, e a safra está entre 30% e 40% colhida, com produtividade muito boa. Os primeiros resultados estão um pouco acima do ano passado, mas a gente espera fechar a média igual à do ano passado, que já foi muito boa, de modo geral, em torno de 60 sacas por hectare.”
Quanto à sanidade das lavouras, ele ressaltou que não ocorreram grandes problemas.
“Este ano foi de pouca praga e pouca doença.”
A colheita na sua área atinge 20%. Partes da região, segundo ele, passaram por um período de seca no atual ciclo, mas não houve grandes danos à produtividade.
“Tenho uma área que teve 25 dias sem chuva em janeiro, e rendeu 75 sacas por hectare. O solo é bom, e a planta desenvolveu bem a raiz.”
Além das condições de solo da região, ele destacou o esforço dos produtores no manejo como fatores que contribuem para minimizar efeitos de períodos de estiagem.
Em Cristalina, o produtor Paulo Henrique de Antonio Silva acredita que será possível obter média de produtividade na soja acima de 60 sacas por hectare em 1.420 hectares plantados com soja. A colheita atinge 66% da área. Ele ressaltou que a região teve um período de seca de 22 dias em janeiro, e alguns produtores tiveram problemas, mas na sua área não houve perdas.
“Estou otimista, esta pode ser a minha melhor safra. Acredito em incremento de 15% na produtividade”, concluiu.
Fonte: Estadão Conteúdo