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Agricultura mais produtiva

A produção paulista no ano agrícola 2016/17 registrou ganhos de produtividade da terra de 4,1%, permitindo aumento de 6,2% do volume produzido, como mostram os mais novos dados do Instituto de Economia Agrícola (IEA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. Ótimos números quando levamos em conta que a área cultivada teve incremento de apenas 1,9%.

Boas notícias, felizmente, não são novidade para nós do setor agro, que mantém sua força mesmo em um Brasil politicamente instável e economicamente se recuperando. Gera empregos e renda, cuida do meio ambiente e ameniza as sucessivas quedas ou ínfimos crescimentos de outros segmentos econômicos.

Nós somos os responsáveis por “salvar a lavoura” ao mesmo tempo em que alimentamos o mundo com produtos com qualidade e saudabilidade. Nossa laranja, por exemplo, teve produção 24,6% maior do que na safra anterior com aumento de apenas 1% na área plantada. Isso representa 324,5 milhões de caixas de 40,8 kg: 13.241 mil toneladas.

79,5% deste volume tem como finalidade atender a indústria, os 20,5% restantes destinam-se ao mercado de laranja para mesa. Quanto à área plantada, na atual safra registra-se discreto crescimento tanto na área nova quanto na área em produção, embora ainda esteja em andamento o processo de erradicação de plantas em pomares comprometidos por problemas fitopatológicos, principalmente Cancro Cítrico e HLB (greening).

A cana-de-açúcar também traz bons resultados com aumento de 2,6% na produção com relação à safra anterior, totalizando 450,1 milhões de toneladas. Resultado de investimento para aumentar a produtividade dos canaviais paulistas, que na safra 2016/2017 foram 2% (80,4 toneladas por hectare) mais produtivos do que na safra anterior.

Bons resultados com pequeno aumento na área: nova (0,8%) e para corte (0,6%). É o fruto do uso da tecnologia e da inovação no campo, cada dia mais conectado e cientificamente alavancado.

Novas cultivares mais resistentes ao estresse hídrico, aplicativos de celular que monitoram cada centímetro da lavoura, irrigação computadorizada mais produtiva, uso de GPS, drones e insumos mais eficientes são alguns dos responsáveis por esse crescimento a ser comemorado.

Modernidade utilizada em favor da estabilidade econômica do produtor rural e que impacta diretamente no bolso e na saúde da população. Sabemos que em 2017 quem derrubou a inflação – para abaixo da meta do governo – foi o grupo de alimentação, graças a números como o aumento de produção.

O levantamento do IEA realizou as previsões iniciais de área e produção para a safra paulista 2017/18 de grãos (primeira safra ou safra de Verão) e para as culturas da batata das águas, banana, café, seringueira e das uvas.

Para a safra de verão de grãos (algodão, amendoim das águas, arroz, feijão das águas, milho, soja e sorgo granífero das águas), os resultados parciais, quando comparados com o mesmo período da safra passada, indicam decréscimo de 0,1% na área cultivada, estimada em 1,5 milhão de hectares, e aumento de 0,4% na produção, com previsão de ultrapassar 6,7 milhões de toneladas, sendo esperado ganho de 0,5% na produtividade média.

Entre os grãos, merece destaque o Amendoim das Águas, que, quando comparado à safra anterior, apresentou aumento de 3,1% na área plantada. O Escritório de Desenvolvimento Rural (EDR) de Jaboticabal, principal região produtora do Estado, registra incremento de 24,1%, seguido de outras regionais que também ampliaram o plantio de amendoim, como Barretos, Marília, Catanduva, Tupã e Dracena.

Para a produção, as estimativas indicam alta de 5,7%, resultado dos ganhos em produtividade de 2,6%, especialmente, nas regiões de Tupã e Catanduva.

A primeira estimativa da safra de Café indica forte expansão na quantidade a ser colhida. Na safra anterior, foram colhidas 4,5 milhões de sacas de 60 kg beneficiadas (ciclo de baixa), a atual deverá superar as 5,3 milhões de sacas (318 mil toneladas), ou seja, incremento de 17,7% com um rendimento 18,2% superior frente ao ano anterior.

Entretanto, quando comparada à safra de 2015/16 (ciclo de alta), quando a colheita registrou 6,1 milhões de sacas, a atual estimativa representa queda de 14,6%.

No entanto, as boas condições climáticas nos principais cinturões e o manejo agronômico adotado pelos cafeicultores devem contribuir para um forte incremento na estimativa de quantidade colhida. Isso poderá ser comprovado no próximo levantamento, que será realizado em fevereiro de 2018.

São números que comprovam a modernidade, o compromisso, a seriedade e a força do trabalho no campo. A cada nova safra o agro mostra que é um setor virtuoso e capaz de produzir resultados positivos que reverberam também em outros setores.

Fonte: Canal do Produtor



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