A BRF registrou lucro líquido de R$ 364 milhões no segundo trimestre. O valor é 46,6% maior que o do mesmo período de 2014 (R$ 249 milhões), mas é 21% menor que o registrado no primeiro trimestre de 2015. O balanço foi divulgado na quinta-feira (30/7) depois do fechamento do mercado financeiro.
A receita líquida (resultado da diferença entre as vendas e os custos) totalizaram R$ 7,9 bilhões, um aumento de 12,8% em relação ao segundo trimestre de 2014. Na mesma comparação, o Ebitda (lucro antes de juros, depreciações e amortizações) cresceu 43,6% e chegou a R$ 1,361 bilhão.
No primeiro semestre do ano, a empresa reportou lucro líquido de R$ 826 milhões, um aumento de 44,6% em relação ao intervalo de janeiro a junho de 2014. Esses valores consideram apenas as chamadas operações continuadas, sem contar, por exemplo, com os resultados de lácteos, que a empresa vendeu para a Lactalis neste ano.
No relatório de divulgação do balanço, o presidente do Conselho de Administração da BRF, Abílio Diniz, e o diretor presidente global, Pedro Faria, avaliaram o resultado como “robusto” e creditaram os números, principalmente, ao desempenho do mercado internacional.
- Destaque especial para o desempenho no Oriente Médio, um dos frutos da gestão moderna e do novo perfil de empresa que produz bens de consumo, não commodities – diz o comunicado dirigido aos acionistas.
Na região, a BRF destaca o aumento dos volumes (+1,3% em relação ao segundo trimestre de 2014) quanto dos preços médios de venda dos produtos (+30,2% comparado ao segundo trimestre de 2014).
Com relação ao mercado brasileiro, o cenário é considerado “desafiador”, em função do aumento das taxas de juros, desaceleração do consumo, maior índice de desemprego e alta da inflação. O resultado operacional da empresa foi de R$ 389 milhões, 3,9% abaixo do segundo trimestre de 2014, apesar do faturamento 8% maior na mesma comparação (R$ 3,958 bilhões).
- O resultado dessa região, no entanto, foi impactado ainda, por despesas mais altas no trimestre, devido a estruturação de uma área comercial mais robusta, com cinco regionais, bem como maiores investimentos em marketing e trade marketing, que estão em linha com a estratégia de investimento de longo prazo – diz o relatório.
Portfólio completo
Uma das principais apostas da empresa para este segundo semestre é o retorno dos produtos da marca Perdigão. As vendas de produtos como presunto, linguiça defumada e alguns cortes de suínos, como lombo e paleta, tinham sido suspensas pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), na época da fusão com a Sadia.
- A volta dessas categorias representa uma diversificação do portfólio da BRF que passará a ser mais acessível para o consumidor brasileiro – avalia a direção da empresa.
Fonte: Globo Rural