O governo está começando a prospectar mercados internacionais para a produção paraense de cacau que, este ano, deve atingir 110 mil toneladas de amêndoas. O secretário de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca, Hildegardo Nunes, participa, nesta quinta-feira (30.07), em Brasília, de reunião na Embaixada da Bélgica para discutir a possibilidade de exportação de amêndoas dos tipos superior e fino para o mercado belga. A agenda do secretário na capital federal também inclui visitas às embaixadas do Chile, Colômbia, Equador e Costa Rica para convidar estes países para participarem do Festival Internacional do Cacau e Chocolate e FlorPará, que serão realizados em setembro, em Belém.
Atualmente, quase toda a produção paraense – perto de 90% – é vendida para grandes empresas de tranding da Bahia. E é por meio destas empresas que o cacau paraense chega tanto ao mercado interno quanto externo. A meta da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap) é, além de fazer com que um percentual cada vez maior da produção seja verticalizado dentro do próprio Estado, atraindo indústrias dos setores alimentício e de cosmético que utilizam o cacau como insumo para se instalarem no Pará, também vender as amêndoas paraenses diretamente para um dos mercados mais apetitosos dentro do segmento de chocolate que é dos produtos de qualidade superior.
Para ter dimensão do que a exportação destinada a abastecer o mercado internacional de chocolates finos pode acrescentar de renda aos produtores de cacau do Pará, basta saber que enquanto o cacau considerado comum é negociado em média a R$ 130 a arroba (15 quilos) o produto classificado como tipo superior pode atingir o preço de R$ 350 a arroba. Ou seja, o produtor pode quase triplicar os ganhos com a venda do cacau.
Ainda nesta quinta-feira em Brasília, Hildegardo participa de reunião na Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para pedir apoio do governo federal para o programa de controle e prevenção da vassoura de bruxa e monilíase, que está sendo implantado pela Sedap em parceria com a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac). O programa visa assegurar a qualidade e a segurança fitossanitária das plantações de cacau do Pará.
Fonte: Agência Pará de Notícias