A produção mundial de café em 2017/2018 está estimada em 158,93 milhões de sacas de 60 kg, o que representa pequeno aumento de 0,8% em comparação com o período anterior (157,69 milhões de sacas). As informações são da Organização Internacional do Café (OIC), em relatório mensal, divulgado nesta quarta-feira (7/2).
A participação do café arábica no total da produção é de 62,2% em comparação com 64,8% em 2016/2017. Já a participação de robusta representou 35,2% da produção mundial em 2016/17 e 37,8% em 2017/2018. A produção do grão na América do Sul em 2017/2018 deve atingir 71,44 milhões de sacas, uma queda de 4,9% ante a safra 2016/2017.
“Isso se deve principalmente a uma queda na produção brasileira para 51,5 milhões de sacas em comparação com 55 milhões de sacas em 2016/17″, informa a OIC.
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) apresentou sua primeira estimativa para a produção do Brasil em 2018/19 com um ponto médio de 56,48 milhões de sacas, o que representa um aumento de 25,6% em relação a 2017/18.
“Em 2018/2019, o café arábica no Brasil apresentará em balanço positivo no ciclo bienal”, diz a organização.
A produção de café na Colômbia está projetada em 14 milhões de sacas em 2017/2018, uma queda de 4,3% em relação aos 14,63 milhões de sacas do período anterior.
Já a safra africana do grão em 2017/2018 deve alcançar 17,93 milhões de sacas, alta de 4,7% ante o período 2016/2017. A safra nos dois maiores produtores da região, Etiópia e Uganda, deverá aumentar, respectivamente, em 4,8% (7,65 milhões de sacas) e em 2,8% (5,1 milhões de sacas).
Na região da Ásia e Oceania, a produção em 2017/2018 está estimada em 47,64 milhões de saca de café, aumento de 5,9%. A produção no Vietnã deve ser de 28,5 milhões de sacas, 11,6% superior à de 2016/2017. A produção da Índia deve crescer 12,3%, para 5,84 milhões de sacas.
“Os aumentos na Índia e no Vietnã compensarão um declínio estimado de 6%, para 10,8 milhões de sacas, na produção da Indonésia”, informa a OIC.
Na região da América Central e México, a safra de café em 2017/2018 deve alcançar 21,92 milhões de sacas, alta de 7,1%, o que representa o maior crescimento entre as diferentes regiões do planeta. Espera-se que a produção aumente nos três maiores produtores da região. Honduras, que alcançou produção recorde em 2016/2017 (7,46 milhões de sacas) deve superar essa produção em 12%, totalizando 8,35 milhões de sacas em 2017/2018. O volume do México pode atingir 4 milhões de sacas, 5,8% acima do ano passado, enquanto a produção da Guatemala deverá aumentar de 3,1%, para 3,8 milhões de sacas.
Preços
Depois de atingir o nível mais baixo em 22 meses em dezembro de 2017, a média mensal do preço indicador composto da OIC aumentou 1,4% em janeiro passado, para 115,60 centavos de dólar por libra-peso.
“Os preços para todos os tipos de café registraram ganhos em janeiro”, informa a OIC.
Os cafés Suaves Colombianos, Outros Suaves e Naturais Brasileiros registraram aumentos de 1,5%, 1% e 1,8%, respectivamente, apesar de terminar o mês abaixo do que começaram. O robusta também subiu ao longo do mês passado, atingindo brevemente pouco mais de 90 centavos de dólar por libra-peso, pela primeira vez desde novembro de 2017, antes de se estabelecer em uma média mensal de 88,65 cents, 1,2% superior ao nível de dezembro de 2017.
Fonte: Estadão Conteúdo