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CENSO AGROPECUÁRIO

Encaminhando-se para o fim da coleta de dados, que deve terminar em fevereiro, o Censo Agropecuário no Rio Grande do Sul terá seus primeiros resultados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a partir de março.

Mas, antes mesmo do encerramento do processo, algumas conclusões já podem ser antecipadas, como a redução no número de empreendimentos rurais no Estado. Isso porque houve mudança na metodologia de classificação, aliada ao envelhecimento dos moradores do campo e à migração dos mais jovens para áreas urbanas.

O coordenador operacional do Censo Agropecuário no Rio Grande do Sul, Luís Eduardo Puchalski, explica que, em 2006, ano do última coleta de dados do setor, áreas que ficassem em regiões diferentes de um mesmo município, embora pertencendo ao mesmo proprietário eram consideradas empreendimentos diferentes, agora são considerados um só.

Ao longo de uma década, explica Puchalski, muitos agricultores também deixaram de produzir com foco na venda, passando a se concentrar em plantio e criação de animais apenas para consumo próprio, e começaram a ter a renda baseada na aposentadoria.

Com isso, a propriedade deixa de ser empreendimento rural. Para testar equipamentos e o questionário do censo atual, voltei, após 10 anos, para entrevistar um casal de agricultores em Viamão. O cenário era exatamente este. O filho deixou a propriedade, e o casal, com mais de 80 anos, não tinha como tocar o negócio sozinho”, conta o coordenador de censo.

As mudanças na metodologia e na finalidade das propriedades, explica Puchalski, levarão o número de empreendimentos rurais a cair de 442 mil, em 2006, para entre 340 mil e 370 mil neste ano. O impacto será sentido, por exemplo, nos números dos rebanhos do Estado, mas não em volume significativo, avalia Puchalski, lembrando que, para evitar falhas nessa contagem, o IBGE listou 6 mil grandes propriedades onde, em 2006, estavam concentradas a maior parte dos animais.

Fonte: Jornal do Comércio



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